Como escolher uma boa escola de educação fundamental para os filhos?

Família e Escola

22 de dezembro de 2020

Redação Guia do Futuro
Redação Guia do Futuro

Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos voltados para pais que querem fazer a diferença na formação dos filhos!Publicado em . | Atualizado em 21 de dezembro de 2020.


Uma das muitas decisões que os pais precisam fazer pelos seus filhos é escolher uma boa escola de educação fundamental. Essa é uma fase da vida escolar extremamente importante para consolidar conceitos que serão usados no futuro, o que reforça a importância de ter uma excelente base de conhecimentos.

Considerando tudo isso e o fato de que muitas pessoas se sentem perdidas nesse momento, preparamos este material para ajudar na missão.

Para que as informações aqui reunidas fossem ainda mais reais, conversamos com Terezinha Bezerra — coordenadora de segmento educação infantil e fundamental da escola CEI.

Se você tem interesse pelo assunto, não deixe de acompanhar a leitura e conferir todas as dicas!

Qual a importância de escolher uma escola de educação fundamental para seus filhos?

Antes de mais nada, vamos esclarecer uma informação que pode não estar tão clara na cabeça de todos. O ensino fundamental compreende a fase escolar do primeiro ao nono ano, o que normalmente abrange a faixa etária de seis a quatorze anos.

Ou seja, estamos falando de um período em que as crianças iniciam o processo de alfabetização e ampliam os seus conhecimentos para outros campos. Um detalhe importante é notar que essa é a etapa mais longa da educação, já que a educação infantil, o ensino médio e o superior não duram tanto tempo.

Logo, fica fácil entender como se trata de uma época muito especial na formação de qualquer pessoa. Esse é o momento de fazer descobertas e “aprender a aprender”. Por exemplo, quando chegamos no ensino médio já conhecemos muitas coisas e estamos praticamente condicionados a estudar.

Existe ainda um outro ponto bem importante. Para Terezinha, “o ensino fundamental é a base de formação na vida das nossas crianças”.

Durante esses anos, as crianças são educadas não somente no sentido acadêmico. Os pais se preocupam com a formação humana delas, relacionada à construção de valores e questões comportamentais. Afinal, educação não envolve somente Matemática, Português ou Geografia, não é mesmo?

Diante de tudo isso, não há dúvidas de que ter a parceria de uma boa instituição de ensino nessa trajetória é extremamente relevante e garante maior segurança para a família, até porque as crianças passam grande parte do tempo nas escolas.

Quais são as características de uma escola de ensino fundamental de qualidade?

São vários os critérios que contribuem para um alto nível de qualidade e possivelmente cada família vai dar prioridade para aqueles que considera essenciais.

Em primeiro lugar, vamos falar das características práticas e mensuráveis, como:

  • estrutura das instalações;
  • qualificação dos professores;
  • localização e acessibilidade;
  • currículo e metodologia de ensino;
  • atividades extras oferecidas;
  • horário das aulas;
  • segurança.

Elas são importantes para que o processo de ensino/aprendizagem aconteça com qualidade. Além disso, existem ainda os atributos mais subjetivos, que estão ligados à conduta ou posicionamento da instituição. Entre eles estão:

  • comunicação e atendimento;
  • ambiente acolhedor;
  • suporte psicológico e pedagógico;
  • princípios e valores.

Normalmente, esses são diferenciais que uma escola pode proporcionar aos seus alunos. É importante pensar que cada estudante é um ser humano que está em desenvolvimento e que não deve aprender somente sobre as disciplinas curriculares.

A sensibilidade de acolher as dificuldades de cada um e oferecer uma formação integral costuma gerar resultados muito significativos, inclusive para o futuro das crianças.

Outro ponto que deve ser considerado e não podemos deixar de lado é o valor da mensalidade no caso das escolas particulares, embora isso nem sempre seja um reflexo direto da sua qualidade.

Quanto a isso, é bom ter muito cuidado para tomar uma decisão acertada. O ideal é fazer uma análise geral de custo-benefício e não olhar somente para os preços cobrados, pois a mensalidade mais cara não quer dizer necessariamente que essa é a melhor opção.

Como escolher uma escola de educação fundamental para os filhos?

Sabendo de tudo o que foi citado no tópico anterior, o caminho para fazer uma escolha acertada é realmente balancear todos os fatores. Alguns deles são mais importantes para certas famílias e menos para outras.

Como é o caso de quem considera a localização como um aspecto essencial, por viver uma rotina corrida e não ter muito tempo disponível para levar o filho para a escola todos os dias. Ao mesmo tempo, há quem esteja disposto a gastar um tempo a mais nesse deslocamento por conta das atividades extracurriculares oferecidas por uma determinada escola, como momentos que estimulem a criatividade e outras habilidades interessantes.

Todos esses detalhes precisam ser devidamente calculados para que cada um encontre a sua resposta. O que não pode acontecer é que essa seja uma decisão mal pensada, já que estamos falando da construção do futuro das crianças, certo? Veja a seguir algumas dicas para refletir sobre o assunto.

Entre em contato com as escolas

A atitude de entrar em contato com as instituições e fazer essa pesquisa prévia é especialmente benéfica para perceber como é o atendimento, se há coerência entre o discurso praticado e a realidade.

Não pule essa etapa ou tenha receio de questionar e tirar todas as suas dúvidas. Ao contrário, fique atento à maneira como é atendido. O relacionamento dos pais ou responsáveis com a instituição de ensino também é parte da escolha “certa”, aquela que se encaixa melhor com a família e atende às suas necessidades.

Portanto, a oportunidade inicial de experimentar e entender como essa relação pode ser construída não deve ser desperdiçada. Ao longo do tempo, a comunicação precisa fluir bem de ambas as partes para que os frutos sejam positivos.

Isso é importante ainda para evitar frustrações e a necessidade de ter que ficar mudando a criança de escola — o que é capaz de trazer prejuízos emocionais e acadêmicos.

Procure referências sobre cada escola

Conversar com outros pais pode ajudar a esclarecer dúvidas, conferindo uma noção mais real sobre a escola e tudo o que acontece no dia a dia. Buscar referências é uma tática válida e usada por muitas pessoas, mas que não pode ser o único fundamento para a sua escolha.

Lembre-se que o que funciona para um pode não funcionar bem para todos. A opinião dos outros vai ser útil para que você mesmo pondere a sua decisão final.

Faça uma análise pessoal das alternativas disponíveis

Como dissemos, as pessoas vivem realidades diferentes e podem se satisfazer com opções distintas. Por isso, cada família precisa fazer a sua própria análise e não existe certo ou errado nesse momento.

Uma sugestão para lidar com isso de forma consciente é preparar uma lista ou planilha com as características das escolas que você tem em mente. Um jeito de facilitar ainda mais essa tarefa é definir uma ordem de importância para os tópicos avaliados, separando aqueles que você prioriza das questões secundárias.

Então, avalie com calma todos os prós e contras até se sentir seguro para escolher.

Converse com a criança

Para completar, vamos deixar aqui uma possibilidade que sabemos que não é possível em todas as idades. No entanto, se a criança já conseguir expressar suas preferências, vale a pena dar espaço para que ela diga em que ambiente se sente melhor.

Inclusive, conhecer o espaço de perto pode contribuir bastante para esse processo, o que é confirmado por Terezinha: “os pais podem realizar uma visita ao espaço escolar para conhecer toda a equipe e entender como as crianças são acolhidas no ambiente escolar”.

A opinião do seu filho não precisa ser a base principal da sua decisão, mas o diálogo é importante para alinhar as expectativas e conseguir enxergar o bem-estar do outro além das nossas convicções ou vontades individuais. Será ótimo se der para conciliar as duas coisas.

Caso contrário, acredite no poder de adaptação escolar das crianças e no fato de que você está buscando a melhor solução possível.

Como avaliar a infraestrutura da escola?

Ainda que exista uma proposta de ensino encantadora, não dá para negar que uma infraestrutura fraca é capaz de inviabilizar a prática de todo o conceito. Sem falar que receber diariamente um grande número de crianças (por mais que haja variações entre escolas menores ou aquelas gigantes) requer o mínimo de estrutura, não é mesmo?

Banheiros, salas de aula, áreas de convivência comum, biblioteca, quadras de esportes, laboratórios e vários outros tipos de ambientes fazem parte do contexto escolar. A dica de fazer uma visita para avaliar de perto as condições da instituição mais uma vez faz todo sentido.

Fique de olho na manutenção dos espaços, iluminação, higiene, conforto e nas possibilidades que eles oferecem. Por exemplo, uma decoração lúdica pode ser um diferencial atrativo para os estudantes mais novos e influenciar diretamente no aprendizado.

Aproveite também para verificar se há uma boa infraestrutura tecnológica, o que é muito importante nos dias de hoje. O domínio das tecnologias é algo exigido no mercado de trabalho e seus recursos podem favorecer um ensino de qualidade.

As novas gerações são consideradas “nativos digitais”, o que quer dizer que elas crescem em contato frequente com diversas ferramentas tecnológicas. Ainda que os excessos devam ser controlados, a relação entre tecnologia e educação pode ser muito proveitosa.

Para isso, a escola precisa investir nessa estrutura, além de preparar os seus professores e funcionários. Alguns recursos que podem ser avaliados são:

  • plataforma virtual de aprendizagem;
  • biblioteca virtual;
  • conteúdos multimídia integrados nas atividades pedagógicas;
  • chats e canais de suporte;
  • equipamentos disponíveis.

Como avaliar a qualidade do ensino?

Existem algumas maneiras de ponderar esse aspecto, que é um dos principais focos para a maioria dos pais. Enquanto no ensino superior temos os índices avaliados e divulgados pelo MEC (Ministério da Educação), no fundamental é preciso se empenhar um pouco mais na pesquisa.

É claro que a experiência de cada um é única e somente a vivência pessoal vai conferir toda a satisfação desejada. Porém, conversar com outras pessoas é um jeito de obter informações sobre a qualidade da instituição e das suas particularidades — como atendimento, apoio aos alunos, metodologia, atividades extracurriculares, entre outras.

Tanto ex-alunos como os atuais são capazes de oferecer relatos, assim como os seus pais ou responsáveis. Um ensino de qualidade não está relacionado apenas com estudantes que tiram boas notas. Um ponto essencial, por exemplo, é saber como as dificuldades de aprendizagem individuais são tratadas.

Outra sugestão é entrar em contato com a própria escola para conhecer a proposta pedagógica. Quais os tipos de aprendizagem ou métodos de ensino utilizados? O que a instituição prioriza nesse processo? Que valores são tratados no cotidiano escolar? Que tipos de ações a escola promove? Quais são as referências dos materiais didáticos? Como o currículo é estruturado?

Essas são questões capazes de contribuir para a sua avaliação, principalmente na hora de comparar possíveis escolas para matricular o seu filho.

Como avaliar a qualidade dos professores?

Esse é mais um fator que pode (e deve) ser avaliado em dois sentidos. O primeiro deles é a capacitação dos professores — isto é, se eles têm uma formação adequada, se investem em especializações e buscam aprimorar seus conhecimentos para serem uma referência cada vez melhor para os alunos.

O jeito mais objetivo de fazer isso é buscando saber sobre o nível de graduação e bagagem que o corpo docente apresenta. Apesar de essa ser uma questão relevante, pois os profissionais precisam ser preparados para exercer a atividade da docência infanto-juvenil, também não é o único critério a ser avaliado.

Como destaca Terezinha, é importante conhecer “os projetos de formação continuada que a escola oferece, marcar encontros com os profissionais para saber como eles realizam suas funções dentro do espaço escolar e quais são as ações programadas para promover o sucesso de cada estudante no processo de aprendizagem”.

Então, além da bagagem curricular dos professores, não podemos esquecer que a aplicação prática do conhecimento importa muito e isso envolve detalhes que fazem parte da gestão escolar.

Esse é o motivo pelo qual não adianta ter uma equipe de professores com alta qualificação se não há uma boa proposta pedagógica por trás da atuação de cada um deles.

Quais são as tendências educacionais?

Essa é uma dúvida comum a muitos pais que se sentem um pouco desatualizados sobre o universo da educação. Afinal, é natural que alguns anos tenham se passado desde que eles tiveram suas vivências como estudantes e nem todos atuam no setor educacional para saber quais são as linhas educacionais em evidência.

De fato, os modelos de ensino têm passado por mudanças. A própria tecnologia foi um fator de grande influência em todo esse contexto, assim como a percepção de que algumas tradições já não funcionavam tão bem e paradigmas precisavam ser quebrados.

Como uma escola de educação fundamental prepara seus alunos para o futuro, adotar novidades é imprescindível. Pensando nisso, destacamos duas das vertentes que estão em alta e devem ser consideradas na hora de escolher uma instituição de ensino.

Metodologias ativas

Uma das tendências mais relevantes são as metodologias ativas. Antigamente, a figura do professor e dos livros ficavam atreladas à detenção de todo o conhecimento existente. Essas eram as principais fontes de informação e não havia muita chance de diversificar o aprendizado.

Sendo assim, os alunos deveriam frequentar as escolas para aprender com eles, seguindo uma metodologia totalmente passiva — de receber os conteúdos em aulas expositivas, com carteiras enfileiradas e pouca interação.

A rotina era basicamente ir para a escola, escutar o professor, anotar os conteúdos no caderno, fazer as tarefas de casa e voltar no dia seguinte para a próxima lição. Ao fim de cada ciclo, as provas avaliavam se os alunos tinham aprendido o suficiente ou não.

Hoje, essa concepção de ensino tem dado lugar ao pensamento de que é fundamental estimular a participação dos aprendizes. Eles é quem devem ser os protagonistas dos seus processos de aprendizagem. Para isso, precisam ser estimulados a pensar, questionar, sentir e agir.

Percebeu-se a importância de desenvolver o potencial dos estudantes, o que passa pela construção da autonomia, do pensamento crítico e da capacidade de interpretação. Não se trata apenas de decorar assuntos ou saber responder perguntas sobre Matemática, Geografia ou História.

Além disso, o acesso à informação foi facilitado graças à tecnologia e as pessoas podem aprender em qualquer lugar, tempo ou ocasião. As crianças estão aprendendo o tempo todo e são capazes de fazer pesquisas em poucos segundos. Não há mais motivo para acreditar que o conhecimento está centralizado ou limitado.

Os alunos não precisam ser meros receptores, mas devem participar ativamente do seu aprendizado. Cabe aos professores assumirem o papel de facilitadores ou condutores nesse caminho, deixando o foco das atenções para os próprios estudantes.

As metodologias ativas propõem essa revolução e já têm gerado resultados muito positivos no mundo inteiro. Vale acompanhar essa tendência e priorizar instituições de ensino que façam o mesmo, adotando modalidades como:

  • sala de aula invertida;
  • gamificação;
  • cultura maker;
  • aprendizado baseado em problemas ou projetos.

Ensino híbrido

Essa é outra tendência que tem relação com a anterior, mas decidimos criar um tópico exclusivo para ela pensando na sua importância.

O ensino a distância é uma realidade cada vez mais comum no universo acadêmico, especialmente no nível superior. As faculdades estão atualizando a estrutura dos seus cursos de graduação e pós-graduação para oferecer maior flexibilidade para os alunos.

Porém, nem tudo precisa ser 100% online e o modelo híbrido tem sido uma alternativa muito interessante. A ideia de unir o modelo presencial e do EAD faz muito sentido, aproveitando os benefícios tanto da interação social quanto da autonomia e praticidade do aprendizado pela internet.

A grande questão é que não só o ensino superior pode colocar isso em prática. Mesmo na educação fundamental é possível conciliar as duas coisas e criar adaptações de acordo com a faixa etária dos estudantes.

Esse não deixa de ser um incentivo para deixá-los mais preparados para o futuro, até porque estamos percebendo que as formações universitárias já estão funcionando nesse formato híbrido — aliás, o mercado de trabalho segue a mesma tendência de integração tecnológica.

Nesse caso, o mais importante é buscar uma escola que aposte no ensino híbrido e se preocupe em fazer isso da melhor maneira possível. Isto é, ofereça uma boa infraestrutura e seja capaz de oferecer atividades diversificadas, além de dar todo o suporte necessário para que a criança ou adolescente aprenda quando estiver distante.

Quais são as vantagens de buscar uma formação integral para os filhos?

Não poderíamos deixar de reforçar um ponto que tratamos desde o início do texto. Uma escola de qualidade não é somente aquela que tem as melhores instalações físicas, equipamentos de última geração, professores cheios de títulos ou um grande número de alunos.

Embora esses fatos também sejam bons indicadores, a preocupação dos pais com o desenvolvimento integral dos filhos deve ser uma prioridade na hora de encontrar uma parceira para a educação deles. Essa é realmente a relação que deve existir entre família e escola: de parceria e coparticipação.

Isso vai resultar em um crescimento muito mais amplo desses jovens, considerando não só a capacidade intelectual como as habilidades socioemocionais — que contribuem em diversos sentidos, seja para a conquista de uma vida mais feliz e equilibrada, seja para o desenvolvimento da carreira.

Para Terezinha, “as vantagens a curto prazo é a certeza de ter uma escola que pensa na criança como um ser único capaz de desenvolver suas habilidades cognitivas e emocionais, trabalhar, superar dificuldades e, acima de tudo, ser feliz.”

Já a longo prazo, ela cita que a formação integral favorece a cidadania, a excelência acadêmica e profissional. Isso significa que esse tipo de experiência não deixa de ser um caminho para o crescimento do ser humano em várias áreas da sua vida.

E não é exatamente o que os pais querem para os seus filhos? Vale a reflexão! Infelizmente, a verdade é que nem todos pensam sobre tudo isso. Só que depois de tantos fatores aqui citados, não dá para continuar achando que toda escola é igual e que detalhes não fazem a diferença, concorda? A escolha da escola é realmente algo importantíssimo no presente e futuro de qualquer pessoa.

Para finalizar, a coordenadora Terezinha ressalta: “pensar e escolher uma boa escola para nossas crianças é oferecer a oportunidade para que elas possam crescer dentro de um ambiente favorável e enriquecedor para sua formação.”

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