
Redação Guia do Futuro
Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos voltados para pais que querem fazer a diferença na formação dos filhos!Publicado em . | Atualizado em 12 de abril de 2022.
Entenda a importância de aproximar as crianças da cultura indígena com um olhar atualizado.
O Dia do Índio, que comemoramos anualmente em 19 de abril, faz uma homenagem aos povos que tiveram papel fundamental na formação da população brasileira. No entanto, eles não ficaram parados no tempo como muitos imaginam. Hoje os indígenas estão nas aldeias, mas também se fazem presentes no mundo moderno das nossas cidades.
Ainda assim, é comum estranharmos que índios façam uso de elementos tecnológicos como celular e internet. Acontece que existe uma diversidade enorme nos povos originários do Brasil, por isso fixar essa imagem antiga não faz sentido. Vamos refletir juntos, o que impede uma cultura ancestral de usar ferramentas modernas?
Aprender desde cedo a olhar para os povos indígenas com uma nova compreensão é importante. Saber enxergar as suas pluralidades e riquezas, indo além dos limites do estereótipo. Convidamos você agora a entender mais sobre como ajudar seus filhos nessa descoberta.
Um novo olhar para o passado
Para começar, é importante tomar conhecimento de que os índios não são um só um povo, mas diversas etnias, com muitas línguas e culturas distintas. O encontro das ancestralidades europeias,africanas e indígenas caracteriza o povo brasileiro, que possui diversos legados dos primeiros habitantes de nossa terra.
Herdamos na culinária a utilização da mandioca e todas as suas variações. Com os índios passamos a conhecer caju, guaraná, cupuaçu e açaí, assim como as ervas e chás de plantas medicinais. Isso torna a alimentação uma forma muito simples de começar a mostrar para as crianças a influência indígena que todos nós temos.
Outro ponto importante é a forma que nos expressamos. A língua portuguesa falada no Brasil se torna diferente do idioma de Portugal por conta da influência do tupi-guarani, originado da união entre as tribos tupinambá e guarani.
Além dos nomes de plantas, animais e gastronomia, houve uma grande contribuição do tupi
para os nomes de lugares no Brasil. Iguaçu, Pindamonhangaba, Ipiranga, Tietê, Ipanema, Itaipu e Mantiqueira são palavras ou expressões indígenas. Há heranças do tupi
também em verbos, como “cutucar”, e em expressões populares como “estar na pindaíba” ou “ficar jururu”.
Além disso, certamente você já conheceu alguém com um nome próprio de origem indígena. Alguns exemplos bem populares são “Iara” (significa “senhora das águas” ou “mãe d’água”), “Caíque” (significa “ave aquática” ou “aquele que desliza sobre as águas”), “Cauã” (significa “gavião”) e “Tainá” (significa “astros celestes”, “estrela” ou “estrela da manhã”). É bem provável que um desses nomes também esteja presente na lista de chamada da turma do seu filho.
Dicas de leitura para os pequenos
Uma ótima forma de abordar a diversidade das culturas indígenas é a leitura. Sugerimos algumas obras para iniciar a descoberta com as crianças. Aproveite!
“Palermo e Neneco”, de Ana Carvalho e Mariana Zanetti
Palermo e Neneco são irmãos e pertencem ao povo Mbya-Guarani. Espirituosos, os meninos dão um jeito de se divertir e dar risada até quando precisam ajudar nas tarefas da aldeia. Além de colher palmito e cortar madeira, gostam de Michael Jackson e festas com cantoria ao som da rabeca e do violão. Palermo e Neneco vestem-se com camiseta e bermuda e usam dinheiro para comprar sabão nas fazendas vizinhas.
“Aldeias, palavras e mundos indígenas”, de Valéria Macedo e Mariana Massarani
Yano, Ëjcre, Üne, Oo. Por incrível que pareça, essas quatro palavras significam a mesma coisa. Representam, na língua de quatro povos indígenas diferentes (Yanomami, Krahô, Kuikuro e Guarani Mbya), a ideia de casa. Através delas, e de muitas outras palavras, neste livro o leitor é convidado a conhecer um pouco da vida e dos costumes desses grupos.
“Coisas de Índio” – Versão Infantil de Daniel Munduruku
Aqui, Daniel Munduruku não só explica o que é ser índio, mas também elucida o leitor acerca de particularidades de sua cultura. As aldeias, a língua e as artes são só alguns dos temas abordados. Tudo explicado de maneira simples e atrativa, ilustrados de forma a transmitir toda a riqueza da cultura indígena às crianças.
“Um Dia na Aldeia”, Daniel Munduruku
A obra mostra um dia na vida de um menino índio da tribo Munduruku: o que ele faz, como brincam seus amigos, as atividades de pesca e a forma que se relaciona com os outros membros da tribo. Traz glossário e mostra algumas curiosidades da cultura Munduruku do autor.
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