Redação Guia do Futuro
Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos voltados para pais que querem fazer a diferença na formação dos filhos!Publicado em . | Atualizado em 11 de outubro de 2021.
Comece a dar os primeiros passos na educação financeira dos seus filhos
Durante muitos anos falar sobre dinheiro era coisa de adulto, mas o cenário mudou e o assunto tem despertado a curiosidade do público infantil cada vez mais cedo. Se seu filho já manifesta interesse fazendo perguntas relacionadas a finanças, está na hora de introduzir os principais conceitos de educação financeira.
Uma amostra da influência no orçamento familiar pode ser vista na pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Educação Financeira, em parceria com a Unicamp, onde 73% dos entrevistados (cujos filhos estão recebendo educação financeira) responderam que conseguiriam manter o mesmo padrão de vida por pelo menos seis meses.
Já dentre os familiares daqueles que não recebem nenhum ensinamento sobre finanças, 44% disseram que não passaria de um mês e 53% chegariam no máximo a seis meses.
Sabemos que começar essa jornada pode ser uma tarefa desafiadora e por isso escolhemos as principais orientações para te ajudar.
Aprendizado em família
Certamente o jeito mais eficiente de ensinar é pelo exemplo. Tudo o que é dito e feito pelos pais é observado com atenção pelos pequenos, interferindo na construção de seus hábitos. Logo, a forma como você conduz as finanças também influenciará no entendimento do seu filho sobre a função do dinheiro.
Quando a criança é inserida nas conversas de planejamento financeiro, seus vínculos familiares são reforçados. Então pode incluir seu filho nas pequenas decisões. Com uma participação mais ativa e orientada, você estimula o pensamento crítico e há mais chances dele compreender as limitações no orçamento da casa.
Educação financeira não se trata apenas de aprender a economizar dinheiro, mas sim de criar uma relação mais responsável e equilibrada com as finanças. Inclui noções básicas de transações financeiras, poupança e escassez, sempre explicando numa linguagem lúdica conforme a idade.
De onde vem o dinheiro?
Muitos de nós crescemos ouvindo que dinheiro não dá em árvore. As crianças de hoje costumam acreditar que o caixa eletrônico é uma fonte inesgotável ou que seu cartão de crédito é magicamente ilimitado.
Então, como explicar de forma divertida a origem do seu dinheiro? Assista ao vídeo da Sicredi em parceria com a Maurício de Sousa Produções e veja como Mônica e Magali fizeram essa descoberta!
Converse sobre a relação do trabalho e renda. Também é importante apontar que existe uma quantia limitada e que o cartão é apenas um instrumento para usar uma fatia desse valor. Assim, fica o ensinamento de que não podemos gastar mais do que ganhamos. Já a noção do que é caro ou barato vai sendo construída conforme o entendimento da função do dinheiro vai amadurecendo.
Uma forma fácil de apresentar a percepção de valor pode ser mostrando quanto custa, por exemplo, os alimentos do café da manhã. Um outro jeito é lançar desafios onde é estipulado um valor e a criança precisa identificar quais itens podem ser comprados sem ultrapassar a quantia combinada.
Cofrinho para poupar
Apesar de ser considerado antiquado por alguns, o cofrinho é uma ótima opção para a criança ter o primeiro contato com dinheiro. O formato não importa tanto, pode ser o clássico porquinho ou melhor ainda se for um recipiente transparente deixando visível o quanto já foi guardado.
A sugestão é começar esse processo com seu filho ainda bem pequeno, apresentando uma função para as moedinhas mesmo que ainda não compreenda o seu valor. Com isso, o hábito de guardá-las é criado, além de tornar o processo educacional mais divertido.
Se quiser aproveitar a ocasião e colocar a mão na massa junto com seu filho, você pode se inspirar com esses modelos de cofrinhos no blog Depois dos Quinze ou buscar por tutoriais no Youtube.
Ensinando a fazer melhores escolhas
Conseguir definir se uma compra é realmente necessária talvez seja um dos pontos cruciais durante o processo de educação financeira. Não basta aprender a economizar, é essencial saber fazer boas escolhas e começar a ampliar a sua noção de valor.
Ao ser convidado para desempenhar um papel mais atuante nas decisões, o pequeno terá a oportunidade de experimentar a necessidade de se fazer concessões a fim de alcançar um objetivo. Ensine a analisar e questionar qual opção é a mais apropriada.
Mesada educativa
Continua sendo uma maneira eficaz para gerar autonomia e introduzir de forma prática conceitos de planejamento. A frequência muda de acordo com a idade, podendo ser eventual, semanal, quinzenal ou mensal.
Considere as seguintes recomendações:
Criança pequena até 5 anos – Por ainda não dominar operações matemáticas e por ter comportamento mais impulsivo, é indicado que seja uma entrega eventual para que o pequeno comece a se familiarizar com o dinheiro.
6 a 8 anos – Os educadores financeiros recomendam aos pais que usem a semanada, já que nessa faixa etária ainda não se tem dimensão do tempo.
9 a 11 anos – Com o nível de entendimento maior, se torna possível a transição para o modelo quinzenal.
A partir dos 12 anos – Troque a quinzenada pela mesada. O recebimento mensal exige maior responsabilidade para que a quantia dure até o próximo ciclo. Sendo assim, o adolescente precisa aprimorar sua habilidade de planejamento se quiser cumprir um objetivo de compra.
Independente da idade, é importante considerar que o valor seja adequado às condições financeiras da família. Converse com seu filho caso seja preciso suspender ou alterar a quantia, pois faz parte do aprendizado que ele compreenda a necessidade de abrir mão de algo.
Confira as dicas no blog Sofisa para a escolha do valor da mesada.
Consciência social através da doação
Estimular o hábito de doar é uma ótima maneira da criança desenvolver consciência social e de ensinar o que é empatia, amor e generosidade. Uma oportunidade de apresentar realidades financeiras diferentes e experimentar o sentimento de gratidão.
Ensina também o ato de compartilhar e de não acumular objetos que podem ter um uso melhor em outra família. Neste artigo você encontra dicas de como introduzir a doação na vida do seu filho.
Educação financeira é para a vida toda
A lista de benefícios gerados pela educação financeira é longa: incentiva o empreendedorismo, aumenta os vínculos familiares, ensina sobre sustentabilidade e a exercer cidadania com mais responsabilidade.
As análises dos dados da Fundação de Educação do Investidor (Financial Industry Regulatory Authority) revelam que jovens, quando educados sobre dinheiro desde a infância, têm menores chances de contrair dívidas e consequentemente possuem maiores linhas de créditos.
Desenvolver novos hábitos demanda tempo e paciência. Por isso, introduza aos poucos os conceitos e práticas financeiras, examinando a evolução do aprendizado ao longo dos anos. O propósito é tornar seu filho um adulto financeiramente independente e mais consciente.
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