6 exemplos práticos para estimular empatia na infância

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7 de janeiro de 2022

Redação Guia do Futuro
Redação Guia do Futuro

Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos voltados para pais que querem fazer a diferença na formação dos filhos!Publicado em . | Atualizado em 7 de janeiro de 2022.


O ensino de uma das principais competências para o futuro do seu filho começa em casa.

A capacidade de perceber e gerenciar as emoções está entre as principais competências para o profissional do século XXI. Para Daniel Goleman, referência quando o assunto é inteligência emocional, a empatia é qualidade essencial de um líder e principalmente para convivermos em sociedade.

Ser empático não significa apenas saber se colocar no lugar do outro, mas também estar pronto para ajudar. Goleman explica que quando duas pessoas estão em estado de total atenção um com o outro, surge um sentimento de bem-estar e cria-se um espaço para que as trocas aconteçam.

Estudos mostram que crianças empáticas tendem a ter melhor rendimento escolar, além de serem reconhecidas como líderes natos tanto pelos seus colegas de classe quanto pelos professores. Na vida adulta, a habilidade se manifesta nas relações sociais e na jornada profissional, sendo altamente requisitada pelas grandes empresas que focam em uma liderança afetiva.

Por que é tão importante ter empatia?

Ao ensinar seu filho a ser empático, você também apresenta valores como ética, gratidão, respeito e responsabilidade. A empatia pode ser uma grande aliada no combate ao bullying e qualquer tipo de preconceito. Portanto, é importante que seu desenvolvimento seja incentivado pela escola e pela família desde a infância.

Está diretamente ligada ao sentimento de compaixão e quando há uma falha no processo de se colocar no lugar do outro, o desenvolvimento emocional e psíquico pode ser prejudicado. Os psicólogos apontam que a falta de empatia talvez esteja ligada a um transtorno de conduta que tende a evoluir para um transtorno de personalidade. Caso não seja trabalhado ainda na infância, há mais chances de se tornar um adulto agressivo e com dificuldades em se relacionar com outras pessoas.

Para entender como aplicar melhores práticas que incentivam o pequeno a ser empático, é preciso conhecer os diferentes tipos de empatia:

Cognitiva: “eu entendo como você vê o mundo.” Refere-se a ideia de se colocar no lugar do outro e ter a capacidade de compreender os sentimentos de outra pessoa.

Emocional: “eu entendo o que você sente porque eu sinto também.” Também conhecida como empatia afetiva porque envolve compartilhar sentimentos com outra pessoa criando uma conexão emocional. Um tipo de empatia que exige autoconhecimento e autorregulação emocional.

Compassiva: “eu me preocupo com você.” Chamada por alguns de preocupação empática, refere-se a ação que é tomada após compreender e se conectar emocionalmente com a situação de alguém, ou seja, é quando há mobilização para ajudar.

Ao analisar os tipos de empatia, percebemos que há uma evolução no processo de seu desenvolvimento. Inicia-se em entender como o outro se sente, depois o empático passa a compartilhar do mesmo sentimento e, por último, parte para a ação ao oferecer ajuda.

Sabendo que o aprendizado começa em casa, separamos alguns hábitos que poderão ser adotados pela família para incentivar o comportamento empático.

6 práticas que estimulam empatia nas crianças

Seja exemplo

As crianças são conhecidas por serem influenciadas pelos comportamentos dos que estão ao seu redor, portanto o primeiro passo é ser exemplo, tratando seu filho e os outros com empatia. Não se esqueça de ter cuidado na forma como resolve os conflitos familiares, pois a sua postura ficará marcada para seu filho. Deixe que ele perceba e veja sua preocupação em se conectar e ajudar alguém próximo.

Tenha uma comunicação clara e objetiva

Ter um diálogo aberto possibilita que a criança tenha entendimento sobre o que está acontecendo e que juntos possam refletir sobre os pontos que geram dúvidas. É uma das melhores maneiras para a construção da empatia, já que a atitude de conversar envolve saber escutar com atenção. Preste atenção no tom de voz e à linguagem corporal.

Ajude a identificar os sentimentos

Para que seu filho se torne um adulto empático, é preciso aprender a lidar com os diferentes sentimentos que enfrentará ao longo da vida. A criança está em uma fase de descobrir suas emoções, portanto é aconselhável que pergunte sobre o que está sentindo para ajudá-la a identificar os sentimentos de alegria, tristeza, frustração, ansiedade e outros. Demonstre estar disponível para apoiar o pequeno quando tiver de lidar com alguma sensação que o deixa desconfortável ou confuso.

Ter um diálogo aberto reproduz reflexões que ajudam a criança a ter mais consciência sobre si mesma e pode ser uma oportunidade para reforçar que é possível as pessoas terem reações diferentes diante de uma mesma situação.

Apresente novas perspectivas através da leitura

Explorar as situações vividas pelos personagens dos livros infantis é uma maneira lúdica para apresentar exemplos de comportamento empático. A criança pode se imaginar no papel de um dos personagens para pensar o que ela faria em seu lugar e como superar determinado obstáculo apresentado no enredo. A dramatização ajuda a ensinar sobre causa e efeito, além de apresentar as diferentes perspectivas de mundo.

Fale de pluralidade e o respeito

O respeito ao próximo está na base da empatia, por isso promover o contato com a pluralidade que há em nossa sociedade é inevitável se quiser ensinar o pequeno a ser empático. Conhecer pessoas com ideias e hábitos diferentes é importante para que a criança aprenda a superar os conflitos da vida escolar, familiar e, no futuro, profissional.

Incentive a criança a ter amizade e conhecer a história de crianças que sejam diferentes dela. Um bom exemplo são as pessoas com deficiência, temos um artigo com dicas de como abordar com naturalidade questões sobre deficiência e inclusão.

Exercite a generosidade

O ato de generosidade favorece tanto quem recebe quanto quem o faz. A prática auxilia seu filho a perceber melhor o outro, a si mesmo e a sociedade. Comece ensinando o pequeno a compartilhar objetos com outras crianças. Atividades coletivas são uma boa oportunidade para exercitar o desapego e mostrar o impacto que isso causa no outro.

A lista de benefícios que o comportamento generoso promove é longa e inclui o fortalecimento da autoestima, facilita a construção de relacionamentos, desenvolve escuta ativa e, por compreender melhor os sentimentos do outro, aumenta o poder de persuasão.

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