Entenda qual a importância do desenvolvimento da resiliência infantil

Educação Socioemocional

11 de novembro de 2020

Redação Guia do Futuro
Redação Guia do Futuro

Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos voltados para pais que querem fazer a diferença na formação dos filhos!Publicado em . | Atualizado em 16 de novembro de 2020.


Resiliência infantil é um termo que está em alta atualmente. Você já ouviu falar sobre o assunto, qual o seu significado e como aplicar no cotidiano? 

Muitos de nós estudamos que resiliência é um conceito conhecido da física e significa a capacidade que um corpo tem de voltar a seu estado normal depois de ter sido tensionado. Isto é, mesmo após ser submetido a um grande estresse, o material não passa por uma situação de ruptura. 

Essa explicação é essencial quando falamos de relações humanas e a forma como lidamos com nossas frustrações, com nosso estresse e, inclusive, com nossas alegrias. Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura, veja o que é resiliência infantil e qual a importância de desenvolvê-la na juventude.

O que é resiliência infantil?

Algumas filosofias orientais trabalham com a resiliência corporal há muitos anos. Por exemplo, o tai chi chuan, arte marcial milenar chinesa, treina o seu praticante para que ele se mantenha relaxado e em equilíbrio, mesmo com o corpo fazendo movimentos que podem exigir flexibilidade, tensão e, ao mesmo tempo, leveza. 

Da mesma forma atua o Yoga, arte milenar indiana, por meio do trabalho que intercala respiração e movimentos apurados de flexibilidade, faz com que o corpo aprenda a se manter tranquilo, mesmo em uma posição que, inicialmente, apresenta-se desconfortável. Isso também ocorre na dança e em outras práticas orientais. 

A resiliência infantil dialoga exatamente com esse conceito, mas diante de situações emocionais. Ela é a capacidade de seguirmos em frente mesmo quando passamos por grandes desafios ou fracassos. 

Por exemplo, quando as crianças estão aprendendo a andar de bicicleta, são muitos tombos até o momento em que ela aprende a desenvolver o equilíbrio. No entanto, o importante é ser resiliente e persistir. 

Muitos pais, ao verem a criança no chão, correm para socorrê-la, antes que o pequeno tenha qualquer atitude por si mesmo. Esse é um reflexo do cuidado, do carinho dos responsáveis. Porém, às vezes, é preciso deixar que ela se levante sozinha e tenha a atitude de continuar. Isso é resiliência.

Qual a importância da resiliência infantil?

Há apenas 30 anos, nossa rede de comunicação era construída pela relação que tínhamos com os vizinhos, com os familiares e com as amizades que conquistávamos ao decorrer da vida. Tudo era feito de forma mais lenta e havia a possibilidade de digerir com calma cada situação, pensando a respeito de cada relação.

No entanto, atualmente, quantas redes de contatos nós temos? As lives, por exemplo, nos aproximam de profissionais cheios de competência e fazem com que as pontes entre cada pessoa fiquem menores. 

Esse exemplo não foi escolhido para demonstrar que no passado as coisas eram melhores que hoje. Afinal, toda essa capacidade tecnológica de comunicação é fruto de muito estudo e investimento na educação. Essa situação apenas nos mostra que temos um mundo de possibilidades atualmente — gerando, inclusive, inúmeras possibilidades de frustração. 

Às vezes, uma postagem que não nos agrada, uma atitude grosseira direcionada a alguém que gostamos, uma expectativa que não é atendida, uma dificuldade de aprendizagem ou até o bullying é capaz de mexer profundamente conosco.

As ocorrências ganharam um plano muito maior, por isso, é necessário aprender desde a infância a ter resiliência e a aceitar que não temos controle sobre todas as situações complexas da vida.

Como auxiliar no desenvolvimento da resiliência infantil?

Desenvolver a resiliência infantil é parte do trabalho da inteligência emocional. Veja abaixo algumas dicas para iniciar esse processo.

Seja exemplo

O primeiro passo e mais importante é ser exemplo para a criança. Os pais, os professores e os familiares são o grande exemplo que o pequeno terá desde o início de sua vida. Portanto, mesmo que você passe por alguma situação que seja difícil, não demonstre desânimo perto da criança, ela precisa enxergar que a coragem também existe nas pessoas que a cercam.

Saiba dizer “não”

Outro ponto importante é não satisfazer todas as vontades da criança. Por mais que seja difícil, é importante que ela tenha contato com alguns “nãos” em sua vida, que ela perca alguns jogos e seja incentivada a resolver alguns desafios sozinha. Ações como essa aumentam a confiança, a perseverança e desenvolvem autonomia diante das dificuldades.

Converse

O diálogo é algo que está cada vez mais valorizado na sociedade atual. Inclusive, o melhor tratamento para as emoções é feito por meio da conversa, isto é, da terapia. Então, procure ouvir a criança, compreender o que ela sente, e trazer um retorno positivo de uma situação, mesmo desfavorável. 

Por exemplo, se ela tentou desenhar a personagem Moana, mas o desenho não saiu exatamente como o original, é importante conversar, mostrar que nem tudo precisa ser idêntico ao do outro e que, se ela continuar tentando, sempre terá a oportunidade de melhorar.

Assim, você consegue transformar uma decepção em um ato de coragem e de tentativas. Afinal, muitas coisas na vida pedem atitudes como essa do ser humano.

Leia boas obras literárias infantis

Existem obras literárias infantis que marcaram a infância de muitos adultos. Com certeza, não será diferente com a criança que você convive. Um personagem tem uma capacidade incrível de influenciar a ação das crianças por meio da imaginação. E, além do mais, a leitura diária é uma forma de incentivar a leitura dos filhos.

Obras como O menino que tinha medo de errar, O pequeno príncipe, Amoras, O mundo secreto dos Insetos, Sentimentos e Turma da Mônica têm muitas lições para trazer. As crianças, geralmente, amam os trabalhos que associam história e imagem.

Como os pais e a escola podem auxiliar nesse desenvolvimento?

A escola e os pais têm um papel fundamental nesse processo. Os pais precisam estabelecer um equilíbrio entre acreditar na autonomia da criança e estabelecer o cuidado. É importante saber o momento de dizer “não”, por mais que seja complicado. Além disso, reservar um momento para brincadeiras educativas, com certeza, será muito produtivo.

Já a escola sempre será o ambiente primordial para que a criança desenvolva boas competências socioemocionais. Lá, ela lidará com outras crianças, passará por conquistas e derrotas. A escola é a preparação para que o pequeno vá para a sociedade e torne-se um cidadão.

Os professores, por meio da experiência, estarão atentos às reações das crianças em diferentes situações e, sempre que necessário, um trabalho entre pais e escola pode ser construído para que a resiliência infantil seja desenvolvida desde cedo.

Por fim, vamos explicar sobre a importância de pais e escola colaborarem para esse desenvolvimento, e de que forma essa união pode acontecer.

Notou como a resiliência é algo importante para as novas gerações? Então, compartilhe nas suas redes sociais e leve para mais pessoas informações relevantes como essa!

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