Aprendendo a evitar fake news em família

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25 de janeiro de 2022

Redação Guia do Futuro
Redação Guia do Futuro

Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos voltados para pais que querem fazer a diferença na formação dos filhos!Publicado em . | Atualizado em 25 de janeiro de 2022.


Informações falsas geram dúvidas para todos, mas você pode ajudar seu filho a driblar as armadilhas digitais.

Na era do excesso de informações em que vivemos, receber notícias duvidosas é parte do cotidiano de todos, inclusive dos nossos filhos. Nas redes sociais temos a circulação de muito conteúdo interessante, por outro lado aparecem cada vez mais matérias sensacionalistas ou que inventam fatos e opiniões.

O resultado é o clima de incerteza que sentimos hoje. As informações falsas muitas vezes geram pânico, acirram nossas opiniões, prejudicam o diálogo e o desenvolvimento de empatia. Logo é natural surgir a pergunta: como as famílias e educadores podem preparar as crianças para lidar com tantas dúvidas?

Vamos juntos conhecer algumas atitudes práticas que ajudam a identificar as fake news que existem dentro e fora das redes sociais.

Aprender a investigar é o primeiro passo

Muitas informações que se espalham facilmente são aquelas relacionadas ao que nós desejamos acreditar. Um exemplo comum são as notícias imprecisas sobre descobertas de tratamentos milagrosos, geralmente para enfermidades graves como câncer. Todo mundo gostaria que fosse verdade, por isso a empolgação nos leva a compartilhar antes mesmo de investigar a veracidade. Assim, sem notar, acabamos ajudando a aumentar o problema da desinformação.

As crianças são curiosas por natureza e fazem muitas perguntas para os pais. Responder pode ser a nossa primeira reação, mas para educar os pequenos a investigar desde cedo podemos usar uma tática diferente. Que tal pedir para o seu filho pesquisar na internet e trazer o resultado para você? Lembrando, claro, de fazer isso sempre com segurança e orientação.

Para incentivar seu filho a desenvolver a habilidade de identificar notícias falsas, sugerimos fazer algumas perguntas.

Você leu além do título?

Títulos são feitos para chamar atenção e podem ser enganosos, por isso é importante ler a história completa. Checar a data de publicação ajuda, pois existe a possibilidade da informação estar desatualizada. Erros de digitação também são sinais de alerta.

Sabe quem escreveu isso?

Considerar a fonte da informação é fundamental. Verificar quem são os autores, se eles realmente existem e podem ser confiáveis. Caso a informação venha de um site desconhecido ou de autoria anônima, atenção redobrada!

Pode encontrar em um site confiável?

Encontrar outros sites confiáveis ​​que escreveram sobre a mesma informação ajuda a verificar quando comparamos lado a lado. Assim é possível confirmar em diferentes fontes tudo que está sendo apresentado.

É um conteúdo promovido ou pago?

Anúncios promovidos dentro de sites confiáveis também ​​podem ser usados ​​para espalhar notícias falsas. Para identificá-los, você geralmente pode ver um aviso com a palavra “anúncio” ou “patrocinado” na imagem.

Se algo parecer bom demais para ser verdade, ou se você estiver preocupado com a veracidade mesmo depois de verificar, é melhor não compartilhar. No mundo digital qualquer pessoa pode se apresentar como fonte de informações, mas não costuma ser difícil checar quem é realmente confiável.

Existem também vários sites de verificação de notícias que você pode usar como a Agência Lupa, Aos Fatos, Boatos.org e Fato ou Fake.

Existe resposta além do verdadeiro ou falso?

Atualmente não estamos lidando apenas com informações verdadeiras ou falsas. Há muitas nuances: um texto pode não apresentar fontes, ter sido divulgado fora de contexto e até mesmo ser impossível verificar sua veracidade. Outras vezes pode ser apenas uma simplificação exagerada de um fato que leva a conclusões precipitadas, ou seja, uma verdade distorcida.

O problema de termos muitas pessoas, principalmente crianças e adolescentes, vendo tantas notícias falsas é não conseguirmos mais discernir entre verdade e mentira. O maior receio dos educadores é que os jovens se sintam ainda mais inseguros em relação às informações que recebem, começando assim a perder o interesse em saber o que acontece pelo mundo.

Estudiosos de tecnologia e da comunicação reforçam o alerta. Nunca foi tão importante educar as novas gerações para serem leitores críticos, conscientes e preparados para decifrar o mar de informação, nem sempre confiável, em que navegamos.

A geração dos nossos filhos já consome notícias e está imersa em um ambiente onde circulam informações duvidosas. Por isso, mais do que preparar crianças e jovens para serem leitores conscientes no futuro, o hábito de investigar e ter pensamento crítico se faz necessário hoje. Esse é o caminho para desenvolver muitas das competências que o mundo digital exige.

Incentivar a leitura sempre ajuda

Oferecer obras literárias para o seu filho é uma forma de incentivar o diálogo, assim como favorecer a discussão de questões que não seriam abordadas sem esse momento de leitura compartilhada.

Introduzir a criança ao mundo da literatura estimula sua criatividade, vocabulário, memória, empatia, senso crítico e, mais importante, sua autonomia. Quanto mais o pequeno estiver habituado com as palavras e com a capacidade de interpretar um texto, melhor ele poderá identificar o uso de informações falsas e práticas tendenciosas.

Desenvolver o hábito da leitura é um caminho seguro para potencializar a capacidade de investigação. Assim você ajuda seu filho a descobrir, cada vez mais rapidamente, quando os argumentos apresentados não sustentam uma conclusão.

Alfabetização digital em casa e na escola

A internet tem um potencial imenso para mudar o mundo e nossos filhos, que são digitalmente nativos, serão a geração que guiará essa mudança. Nas escolas, os professores relatam que a maioria dos alunos sabe mais sobre questões de desinformação do que imaginamos. Eles já possuem o que os especialistas chamam de alfabetização digital crítica básica.

A importância de incentivar o pensamento crítico das crianças é bem conhecida, mas desenvolver a alfabetização digital crítica vai além. Significa ter cuidado com o que você lê, compartilha e escreve online. Um grau de responsabilidade que nós mesmos, na condição de educadores, podemos ter dificuldade.

Em países como os Estados Unidos, as escolas já incluíram em seu currículo disciplinas que ensinam os jovens a reconhecerem as notícias falsas que circulam online. O foco principal destas aulas é fazer com que eles consigam classificar as fontes mais confiáveis de informações, considerando primeiramente os fatos para basearem suas convicções.

Apesar do apoio sempre necessário das escolas, o melhor exemplo continua sendo o que se vive em casa. Por isso vale discutir o assunto com as crianças e incentivar o hábito da leitura. É fundamental mostrar a importância de compartilhar apenas informações de qualidade, que realmente contribuam com uma maior construção do conhecimento e com debates respeitosos.

A sociedade é complexa e não devemos esperar que nossos filhos entendam questões geopolíticas, sociais e filosóficas enquanto pequenos. No entanto, os pais podem estimular a curiosidade sobre temas mais leves que envolvem estas disciplinas como mapas, línguas, culturas estrangeiras e atualidades. Dessa forma, a criança já começará a desenvolver suas habilidades de compreensão e identificação do que pode ser verdadeiro ou falso no mundo.

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