Metodologias ativas: confira um guia completo!

Inovações Educacionais

28 de julho de 2020

Redação Guia do Futuro
Redação Guia do Futuro

Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos voltados para pais que querem fazer a diferença na formação dos filhos!Publicado em . | Atualizado em 4 de janeiro de 2021.


A forma de ensinar sofreu alterações e as chamadas metodologias ativas agora fazem parte de um modelo contemporâneo para a educação básica — desde a infantil até o ensino médio. Trata-se de um reflexo das mudanças constantes nos dias atuais e, com o grande avanço da tecnologia, acabamos nos adaptando às formas de interação com a sociedade.

Novos formatos de relacionamento social, econômico e político são inseridos quase que diariamente no cotidiano das pessoas. Com isso, as instituições educativas têm realizado grandes investimentos em seu formato de ensino. O resultado de aceitar esses formatos de educar e usar as tecnologias inovadoras a favor das escolas tem proporcionado muitos benefícios aos estudantes, bem como para os docentes.

Esse método tem a capacidade de despertar maior interesse por parte dos estudantes para o conhecimento, por meio de estímulos e recursos modernos. A prática também segue uma visão de futuro e acompanha as mudanças que já estão acontecendo no mercado de trabalho.

Desde a fase infantil, as crianças podem ser preparadas para acompanhar o mercado do futuro, além de aprenderem a resolver questões pessoais com maior habilidade.

Neste artigo, vamos explicar tudo sobre essa nova metodologia. Também abordaremos o entendimento do método, as principais diferenças em comparação com a educação tradicional, algumas formas de aplicá-lo em aula, suas vantagens e como encontrar uma instituição com pensamento focado no aluno protagonista.

Continue a leitura para saber mais!

Entenda o que são as metodologias ativas

Antes de entender o que é esse modelo de ensino contemporâneo, é importante ficar claro o conceito do que é uma metodologia. No caso da educação, ela funciona como um guia completo para ensinar.

Segundo Rani Cocenza, professora da Rede Pensi e integrante do Eleva A+, setor de capacitação de professores da Eleva Educação, as metodologias são as orientações dos processos de ensino e aprendizagem, formando assim as estratégias, as abordagens e as técnicas concretas — específicas e diferenciadas.

Quando falamos das metodologias ativas, podemos entendê-las como ferramentas para educar. Sendo assim, elas consistem na proposta de fazer do aluno o protagonista do seu próprio aprendizado. Partindo dessa ideia, é possível estreitar o relacionamento entre o professor e o estudante. Portanto, os paradigmas de educação tradicional são quebrados quando se aplica esse modelo. 

O estudante como o principal foco em sala de aula tem a oportunidade de se envolver diretamente com o conteúdo, podendo ainda ser mais participativo e reflexivo. No entanto, isso não significa que ele vai aprender tudo sozinho, mas que terá mais acesso às informações com a orientação do professor.

Metodologias ativas x metodologias tradicionais: conheça as principais diferenças

Tratando-se da educação tradicional, a metodologia passiva tem o professor como o foco das aulas. Ele é o responsável por continuamente levar, apresentar e explicar os conteúdos, e depois aplicar avaliações, muitas vezes padronizadas, para os estudantes terem uma nota final.

No conceito de aulas expositivas, as crianças são passivas e ficam sentadas em carteiras enfileiradas, anotando tudo o que podem para, depois, estudar ou fazer alguns trabalhos.

Nesse formato, o estudante tem pouca participação direta na aula e pouca interação referente a conteúdos com os colegas. Reflexões podem ser exercitadas, mas, na maioria das vezes, o estudante vai ter acesso ou se dedicar ao assunto novamente só quando estiver na escola ou precisar fazer as provas.

Por outro lado, as metodologias ativas usam ferramentas diferentes das tradicionais com uma visão inovadora. Os alunos podem participar ativamente do seu processo de construção de aprendizado. Dessa forma, a criança tem mais autonomia e atuação durante a aula e, como resultado, a escola se torna mais interessante e dinâmica.

Com o estudante ocupando o centro da atenção, a ideia de transmitir o conhecimento também passa por transformação. Afinal, o ensinamento deixa de ser apenas compartilhado e passa a ser construído em conjunto. Desse modo, as opiniões do aluno, seus pensamentos prévios e até suas dúvidas se tornam mais valorizados e se tornam o ponto de partida para o desenvolvimento do saber.

No entanto, mesmo a tecnologia estando cada vez mais presente na rotina de pessoas de todas as faixas etárias, isso não significa que ela seja capaz de ensinar, ainda mais sozinha.

Dentro da sala de aula, se não for usada corretamente, ela pode ser uma distração e prejudicar o aprendizado. Entretanto, quando vista como uma aliada dos professores, ela pode ser mais revolucionária para o conhecimento e contribuir para despertar o interesse dos estudantes. 

A metodologia passiva, ou tradicional, é usada desde o século XIX e, ao longo desses anos, ela tem se tornado ultrapassada. Como resultado, ouvimos cada vez mais professores e estudantes, e até mesmo os pais, se queixaram do desinteresse e da desvalorização da educação nas escolas.

As instituições particulares, nesse caso, conseguem sair na frente e se destacar, uma vez que têm mais liberdade, acesso a recursos e condições de investir na metodologia ativa. São evidentes as diferenças em escolas de educação infantil, pois desde crianças as pessoas são incentivadas às atividades extracurriculares.

Conheça 7 exemplos de metodologias ativas

Com o avanço da tecnologia e da comunicação, a forma de diálogo entre as pessoas mudou bastante, principalmente no meio da educação. O processo de construir o aprendizado e ensinar é mais profundo e contínuo.

Segundo a professora Rani Cocenza, existem várias modalidades para aplicar uma metodologia ativa. Normalmente, elas se relacionam com as mudanças proporcionadas pela ciência e pelas formas de interagir. 

É importante destacar que não se trata de dois mundos diferentes, como o físico e o digital, mas sim de um ambiente ampliado, como uma sala de aula na escola que se expande e pode ser acessada pelos meios digitais, em casa.

Veja a seguir alguns exemplos dessas modalidades e como elas funcionam.

1. Ensino híbrido

Esta talvez seja a modalidade que mais está ligada ao exemplo que citamos anteriormente, afinal, ela tem a proposta de um ensino remoto, pois consiste na junção entre educação presencial e à distância (EAD). Em momentos como o da pandemia ou outras circunstâncias às quais estamos sujeitos, ele pode ser fundamental para a continuação ou a volta às aulas. 

A professora Rani Cocenza cita algumas vantagens: o estudante pode trabalhar no seu ritmo (sozinho ou em grupo) e em locais diversos, além de aproveitar ferramentas on-line, como o Google Sala de Aula. Ela também reforça que, nas aulas presenciais, a interação entre alunos e professor é valorizada, e mantém a ideia de os dois momentos se complementarem e promoverem uma educação mais eficiente.

2. Sala de aula invertida

A modalidade de flipped classroom propõe o que realmente diz a tradução: sala de aula invertida. O docente, nesse caso, não passa toda a parte teórica, mas indica aos alunos um material para estudar antecipadamente em casa. A sugestão é que seja um artigo ou algum vídeo, mas, claro, precisa ser bastante interessante.

Durante a aula, o professor passa um exercício para avaliar a compreensão de cada um e, partindo de tal aprendizado, a aula é iniciada. Com essa metodologia, o estudante vê o conteúdo previamente em casa, de modo que o tempo em sala de aula é mais otimizado. Assim, o aluno pode interagir com os colegas para desenvolver projetos e resolver problemas.

3. Gamificação

O objetivo dessa ferramenta é incluir a experiência dos jogos no aprendizado. Gamificação significa adotar a lógica, as regras e o design dos jogos para o ensino se tornar mais atrativo, motivador e enriquecedor. 

Em especial, a gamificação estimula o aluno a pensar fora da caixa e a se dedicar para o estudo dentro de uma competição saudável. A professora Rani confirma que essa é uma das estratégias que mais engajam os alunos!

4. Aprendizado baseado em problemas

Com o tempo em aula mais otimizado, é possível usar cases para atividades presenciais, como o problem based learning (PBL). Os estudantes são estimulados para resolver desafios de maneira colaborativa e expor possíveis soluções. O método explora a habilidade de investigar, refletir, criar, testar e apresentar o objetivo pensado. 

Enquanto isso, o professor atua como um mediador. Ele traz uma situação real e presta ajuda para que os estudantes encontrem as soluções por conta própria. Isso funciona de forma similar ao TBL (team based learning, ou aprendizagem entre times) e, no momento de propor a saída, os alunos entendem os conceitos relacionados à disciplina.

5. Aprendizado baseado em projetos

O aprendizado baseado em projetos é bastante parecido com o aprendizado baseado em problemas. Assim como explicamos no tópico anterior, ele também consiste em apresentar uma solução para um caso real, mas parte para a prática de algum projeto.

Em ambas, o estudante precisa se preparar previamente, pensar em saídas e resolver desafios. No entanto, a prática de soluções para projetos trabalha a capacidade do aluno de lidar com obstáculos.

6. Aprendizado maker

O aprendizado maker têm níveis mais aprofundados de ensino. O professor trabalha de maneira expositiva e cria conteúdos atrativos para usar em sala de aula.

Depois de apresentar e facilitar a compreensão dos alunos, eles podem participar do processo de aprendizagem e sugerir projetos a partir do tema da aula. Porém, o professor continua a selecionar, orientar e direcionar a sua turma com questões e desafios.

Depois, quando os estudantes alcançam um grau elevado de interesse e maior autonomia, eles ficam livres para criar as suas propostas. Desse modo, serão os responsáveis por todo o planejamento, o projeto e a avaliação dos resultados.

7. Instrução por pares

A peer instruction, ou instrução por pares, tem a ideia de propor o conhecimento construído por meio da interação entre os alunos. Ela começa em casa, assim como a sala de aula invertida.

Porém, na classe e já com os exercícios feitos individualmente, é detectado o quanto os estudantes absorveram do conteúdo. Na sequência, os colegas conversam e explicam as suas respostas uns para os outros e constroem juntos o pensamento.

Entenda quais são os principais benefícios das metodologias ativas 

Apesar de a educação tradicional, no modo exploratório de expor o conteúdo, ter estagnado por longos anos, não é de hoje que estudos apontam para os benefícios da metodologia ativa. 

A teoria da Pirâmide de Aprendizagem, do psiquiatra americano William Glasser, indica que os alunos aprendem da seguinte maneira:

  • 10% lendo;
  • 20% escrevendo;
  • 50% observando e escutando;
  • 70% discutindo com outras pessoas;
  • 80% praticando;
  • 95% ensinando.

Com base nesse estudo, percebemos que os métodos mais eficientes estão na metodologia ativa. Sendo assim, vamos ver os principais benefícios. 

Melhor uso da memória

O aluno como a peça principal do aprendizado é centro da assimilação do conhecimento. Assim, a mudança é essencial para que ele tenha uma absorção eficiente e consiga trabalhar melhor a sua mente. A quantidade de informações com maior capacidade para mudar às quais ele tem acesso o tornam um estudante global, com uma relação contínua com o mundo. 

Sendo assim, a criança ou o adolescente não pode se limitar a ser apenas um espectador em sala de aula. A professora Rani Cocenza afirma que, quando os alunos são protagonistas de seu aprendizado, eles retêm na memória muito melhor o que estão aprendendo. Desses alunos, exigem-se criações mentais como:

  • leitura e interpretação;
  • imaginação e assimilação;
  • pesquisa e comparação;
  • organização de informações;
  • suposições e soluções;
  • elaboração de hipóteses;
  • opinião própria e tomada de decisões.

Melhor desenvolvimento da criança

Seguindo essa metodologia, o estudante se torna mais capaz no seu próprio desenvolvimento de atitudes, críticas e posição ativa. Visando o futuro, ele estará mais preparado para o mercado de trabalho, com pensamentos fora da caixa, e terá maiores condições de resolver os problemas da vida.

Quando participa ativamente das aulas, a criança exerce a sua liberdade de expor opiniões e tomar decisões. O professor atua como estimulador para que a sua autonomia seja um hábito, por meio da nutrição dos interesses particulares do estudante. Com essa metodologia, a motivação é mantida e reforçada com algumas técnicas:

  • explicações racionais;
  • uso de linguagem informativa;
  • respeito ao tempo de entendimento de cada aluno;
  • reconhecimento e aceitação das dificuldades da turma.

Compreensão mais completa de diferentes cenários do cotidiano

Quando o aluno é educado dentro da metodologia ativa, ele aprende a tomar consciência da realidade vivida, com a capacidade de analisá-la. Normalmente, quando os estudantes estão desestimulados em relação ao estudo, é porque não entendem o motivo de estarem aprendendo aquilo em sala de aula. Por isso, a educação escolar precisa ser voltada para o cotidiano dos alunos e dos professores. 

É interessante saber qual é a utilidade do tema e como ele pode ser aplicado. Em uma aula de matemática ou finanças, por exemplo, é curioso ensinar como cuidar do dinheiro e quanto custa algo. Visitar um mercado com a turma é cativante e aproxima a educação da realidade vivida.

Pensamento crítico aprimorado

Na educação passiva, quando um aluno expõe a própria ideia, o professor normalmente diz se está certo ou errado. Às vezes, ele até pode explicar o motivo caso a resposta esteja errada. Por outro lado, nos modelos mais modernos de ensino, o aluno é estimulado a pensar em sua resposta, explicar a afirmação e, caso esteja errado, entender sozinho o motivo de não estar certo.

Nesse formato, o ideal é ter uma explicação para toda pergunta e resposta, e os alunos devem esclarecer oralmente seus pensamentos para levantar questões e buscar argumentos. A vantagem desse exercício é o aluno aprender mais, exercitar o pensamento e fugir do óbvio ou do que está pronto.

Maior conhecimento sobre o conteúdo

Ter acesso às informações do modo tradicional pode se tornar bastante tedioso, mesmo que você tenha interesse no assunto. Agora imagine ter acesso a um conteúdo relevante, com uma linguagem adaptada para a sua faixa etária, com mais estímulos e interações! Assim é mais prazeroso de estudar. 

Algumas distrações podem ser evitadas e o consumo da informação será maior. Isso não significa que se deve acabar com os métodos expositivos, no entanto, é fundamental ter esses recursos à disposição e usá-los como ponto de partida para o conhecimento. A assimilação vem das problematizações do que se lê e do esclarecimento de dúvidas. 

Maior interesse

Da educação infantil ao ensino médio, essa metodologia moderna oferece uma relação amigável entre o aluno e o professor. Como as aulas são estimulantes, os estudantes conseguem desenvolver habilidades relacionadas à própria autonomia. 

As atividades colaboram para a autoconfiança e a autoestima no aprendizado. O ambiente escolar passa a ser visto como um progresso para ampliar as capacidades intelectuais, como resultado de seus esforços.

Preparação do aluno para o mercado de trabalho do futuro

Outra vantagem de educar uma criança ou adolescente com a metodologia ativa aplicada é prepará-los para o futuro. A professora Rani Cocenza cita a resolução de problemas como uma característica bastante estimulada nesse modelo de ensino. E ainda acrescenta que o propósito é fazer com que os estudantes aprendam por meio da resolução colaborativa de desafios.

No entanto, sabemos que não basta apenas saber como resolver os desafios, mas é preciso aprender a trabalhar com os colegas. Desse modo, o desenvolvimento do pensamento crítico e a resolução de problemas estimulam a trabalhar em equipe, a se comunicar bem, a falar em público e a dar e receber feedbacks — habilidades extremamente essenciais para uma boa colocação no mercado.

Saiba como encontrar instituições que já aplicam essa metodologia

Muitas escolas particulares têm aderido às metodologias ativas como modelo para educar os seus alunos e, inclusive, cativar os pais ou responsáveis legais. Afinal, sabemos o quanto é importante investir na educação básica de uma criança ou adolescente. Formar adultos melhores, com maior capacitação para a vida e o trabalho, começa desde os primeiros anos. 

Por isso, para ajudar você a encontrar instituições de ensino que aplicam uma metodologia moderna, é muito indicado fazer uma análise das grades curriculares, incluindo as atividades extracurriculares.

A professora Rani Cocenza incentiva os pais a investigarem também a missão e os valores do colégio e, claro, conversarem abertamente com o diretor ou o coordenador pedagógico.

Procure fazer uma visita pela escola, veja se esses métodos inovadores são usados e verifique se há um espaço maker ou para as disciplinas de robótica e programação. Esse tipo de atividade, como vimos ao longo do post, estimula os alunos. Inclusive, sabemos que a metodologia ativa exige uma preparação maior do professor e da escola, pois são necessários recursos, tempo e espaço para as atividades. 

A professora Rani Cocenza orienta com respeito a algumas opções interessantes de atividades extracurriculares que usam essa metodologia, como:

  • disciplina maker em que haja ferramentas tecnológicas ou tradicionais, por exemplo, mercearia, para que os alunos possam colocar em prática o protagonismo de novas ideias e criações; 
  • disciplina de desenvolvimento de games, programação ou robótica; 
  • alguma disciplina em que os alunos desenvolvam soluções para problemas da escola ou do bairro. 

A metodologia ativa de ensino mostrou para os educadores do século XXI que ela funciona e apresenta muita eficiência para o aluno. É claro que ela não funcionaria como vimos até aqui se não existisse a tecnologia da informação e os novos modelos de comunicação. Afinal, elas proporcionam um ensino mais facilitado e adaptado às interações presenciais e on-line.

Com certeza, essa inovação na educação ainda tem muito para avançar. No entanto, as instituições particulares já podem experimentar as descobertas desse formato contemporâneo.

Afinal, quando o aluno tem o conhecimento e vivencia essa experiência, o conteúdo pode ser muito melhor compreendido e aproveitado, sendo que as novas gerações já apresentam comportamentos sociais diferenciados.

Inclusive, o ensino a distância pode ajudar a acelerar as mudanças que já ocorrem na educação, além de influenciar as informações digitais. Esse processo vai exigir ainda mais qualificação dos professores.

Os alunos que tiverem a oportunidade de estudar em uma instituição que usa as metodologias ativas sem dúvidas terão chances maiores no futuro para decidir sua profissão, conhecer suas habilidades e entender seus pontos fortes e fracos. A visão de mundo e negócio que essas crianças vão ter tende a ser melhor que a que temos hoje. Por isso, é importante que os pais ou responsáveis tenham essa consciência e invistam em aprimorar a educação dos filhos. 

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