Meu filho não quer estudar, e agora? Descubra o que fazer!

Família e Escola

2 de dezembro de 2020

Redação Guia do Futuro
Redação Guia do Futuro

Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos voltados para pais que querem fazer a diferença na formação dos filhos!Publicado em . | Atualizado em 19 de novembro de 2020.


É comum pais de crianças maiores ou de adolescentes comentarem: meu filho não quer estudar. Esse tipo de situação, geralmente, causa bastante desconforto entre a família, pois os adultos ficam com o sentimento de impotência ou de estarem fazendo algo de errado. Enquanto ficam desmotivadas e inseguras.

Independentemente da idade do seu filho e do tipo de escola que você oferece para ele, pode ter certeza que o problema com a falta de interesse para os estudos é comum e, sobretudo, que há várias explicações, como problemas emocionais, tipo de aprendizagem, autoestima, entre outros. Nesse sentido, existem muitas maneiras de ajudar a criança a retomar o entusiasmo à aprendizagem. 

Por meio deste guia, entenda com detalhes as causas desse problema e como os pais podem ajudar a reverter a falta de interesse do filho em estudar. Boa leitura!

Por que a criança não quer estudar?

A escola na primeira infância sempre traz muitas novidades aos pequenos, o que facilita muito o empenho pelos estudos, principalmente na fase de alfabetização da criança, que é marcada por vários elogios e comemoração pelas conquistas de aprendizagem. Contudo, ao passar dos anos, os pequenos crescem e as exigências escolares aumentam. 

Consequentemente, alguns perdem a vontade de estudar. Nesse sentido, é importante ressaltar que existem vários motivos para isso acontecer. Portanto, antes de pensar “meu filho não quer estudar” chegando à conclusão de que é apenas preguiça, avalie os seguintes pontos para buscar a ajuda mais eficiente. 

Baixa autoestima

O ensino é dividido em algumas etapas essenciais, são elas o Fundamental I — os primeiros anos escolares —, o Fundamental II é uma continuidade do primeiro, mas com a principal característica de ter vários professores, e, na sequência, há o Ensino Médio. Sendo assim, as duas últimas etapas são as fases que geralmente as crianças e adolescentes apresentam mais falta de interesse pelos estudos.

O motivo disso são as diferenças após o 6º ano escolar, pois, além de ter contato com mais professores, surgem novas disciplinas na grade curricular e o grau de complexidade dos assuntos abordados em sala de aula aumentam. Nesse sentido, as chances de não gostar de algumas matérias ou não ter um desempenho satisfatório são maiores. 

Consequentemente, a autoestima da criança começa a regredir devido às frustrações, as inseguranças ou dificuldades em superar os próprios limites. 

Falta de autonomia

Ainda com relação às fases escolares, a partir do Fundamental II, a criança precisa ganhar mais autonomia e ter muita organização para vencer os desafios. Sobretudo, a criança que só estuda na companhia dos pais, quando recebem ordem ou quando alguém determina como ela deve estudar precisa ser mais independente para cumprir as suas atividades. 

Afinal, os estudos precisam de planejamento, independência e muito esforço para alcançar bons resultados na vida escolar. 

Dificuldade de aprendizagem

Muitas crianças gostam de estudar, mas perdem a vontade por não conseguirem acompanhar o restante da classe. Esse tipo de problema é comum, pois estudar requer agilidade para assimilar as informações. Se o seu filho tiver algum déficit de atenção, por exemplo, ele vai ser prejudicado, pois, quanto mais informações ele receber, mais concentração ele precisará, dificultando o entendimento. 

A dificuldade de aprendizagem pode ser identificada e tratada com a ajuda de um especialista no assunto, como um psicólogo. Ele deve esclarecer as suas dúvidas e orientá-lo sobre a melhor solução para o problema, baseado nas avaliações feitas com o seu filho. Nesse sentido, existem métodos eficientes para auxiliar na concentração da criança, trazendo resultados satisfatórios.

Problemas emocionais

Pode não parecer, mas o emocional interfere diretamente no entusiasmo das pessoas. Veja você, por exemplo, se tiver problemas com o seu chefe, dependendo da situação, pode tirar a sua vontade de trabalhar. Não é mesmo? Portanto, com os seus filhos, isso não é diferente e pode ser ainda mais grave por se tratar de crianças que estão em fase de amadurecimento. 

Vários problemas emocionais tiram a vontade do aluno de estudar. Isso acontece por causa de alguma situação desagradável dentro de casa, atritos com os professores, deboche de colegas na escola, bullying e outras situações que fazem a criança se preocupar com temas que deixam a atenção aos estudos em segundo plano.

Qual o papel dos pais?

Diante do desinteresse do filho pelos estudos, os pais ficam preocupados e procuram onde estão os erros para poder corrigi-los. Entretanto, como vimos, os motivos para o desinteresse dos filhos pelos estudos têm várias fontes. Por isso, os pais são essenciais para ajudar a criança a criar oportunidades de aprendizagem, principalmente estabelecer um vínculo de confiança para atingirem os resultados esperados.

Os pais precisam encontrar as causas da desmotivação. Porém, é fundamental que sigam um caminho equilibrado, sem que haja uma pressão na criança — que vai piorar o emocional e quebrar o vínculo de confiança —, mas que não seja relaxado a ponto de o filho não levar a sério os estudos. É papel dos pais cobrar os resultados de forma que o filho entenda a importância. 

O que deve ser observado?

Para encontrar o real motivo do filho não querer estudar, os pais precisam observar o comportamento na criança, mas como fazer isso se não estão toda hora juntos? O diálogo entre pais e filhos é só começo, aproveite um tempo de qualidade juntos para conversar e perceber como a sua criança reage a certas circunstâncias.

Dessa forma, tente se abrir para falarem o que sentem, como medos e expectativas. Nesse bate-papo, vocês vão descobrir uns aos outros, ficando mais fácil entender o que acontece e como reverter a disposição para os estudos. 

Por fim, os pais podem ir à escola para conversar com os professores e investigar se algo está acontecendo além do que sabem para, assim, resolver os problemas abordados.

Como conversar com a criança?

Vamos abordar agora alguns métodos para conversar com a criança e melhorar a relação dela com os estudos. 

Defina metas com o filho

Com o filho desmotivado para os estudos é mais difícil fazer ele se interessar de uma hora para outra, principalmente se estiver com notas baixas. Por isso, tenha a iniciativa de propor metas alcançáveis para a criança de forma gradual. Por exemplo, estudar em casa por uma hora diariamente, revisando os conteúdos da escola. 

Depois, você pode aumentar conforme a necessidade, mas não esqueça de acompanhar o processo e participar desse planejamento de estudos, a ideia é ele assumir essa responsabilidade.

Esteja à disposição para ajudar

Não dá para cobrar os filhos de estudarem se os pais não conseguem acompanhar. Isso não significa fazer as atividades da criança ou ficar do lado enquanto estudam, mas demonstrar interesse pelo que acontece na vida escolar e esclarecer eventuais dúvidas, bem como ajudar a procurar os recursos necessários para os estudos do filho.  

Ofereça os recursos necessários

Pode acontecer de a criança não querer estudar por falta de recursos que contribuem com a atividade. Afinal, para estudar é necessário ter concentração e conforto para se dedicar. Portanto, entenda com ela se falta algo para conseguir se empenhar. Nesse sentido, vocês podem melhorar o ambiente em casa, como ter um local reservado com boa luminosidade e silêncio. 

Se for o caso, avaliem de reorganizar a rotina dos familiares para contribuir com a aprendizagem da criança, como evitar televisão ligada na hora dos estudos. 

Permita mais autonomia

Cada pessoa tem uma forma de aprender e o melhor horário de rendimento dos estudos. Quando perceber o empenho do seu filho, permita a independência dele em definir os melhores horários, lugares e formas de estudar, seja lendo, assistindo videoaulas ou escrevendo as matérias. 

Seja mais flexível

Os momentos de brincadeiras das crianças são importantes para o rendimento nos estudos, afinal o cérebro não consegue ficar longas horas concentrado em uma atividade só. Por isso, permita que o seu filho pratique outras práticas normais da idade, sem perder o foco nos estudos, mas equilibrando com o lazer e o descanso.

Quais as melhores práticas para incentivar?

Os filhos geralmente respondem bem aos incentivos dos pais e quando têm exemplos dentro de casa. Nesse sentido, veja algumas práticas estimulantes. 

Converse sobre a importância dos estudos

Muitas vezes, o filho não compreende o motivo de aprender algo na escola ou o quanto é essencial para um vestibular e carreira profissional. Comumente, isso o desmotiva a estudar. Se os pais conseguirem explicar a relevância dos estudos para o filho, bem como os valores agregados, poderão ver os resultados gradualmente.

Descubra o melhor método de aprendizagem

Outro meio de incentivo é o uso de métodos de aprendizagem do seu filho. Essa é uma questão muito individual, pois cada pessoa aprende de uma maneira diferente, por isso não existe um certo ou errado.

Alguns especialistas dividem a aprendizagem em três grupos: cinestésico, visual e auditivo. Faça testes para descobrir se a criança assimila melhor lendo em voz alta, fazendo resumos ou assistindo vídeos.

Faça relações com o cotidiano

Até mesmo para os adultos, fazer atividades que não geram resultados no cotidiano dificulta a manutenção do interesse. Nesse sentido, entenda os conteúdos da escola do filho e faça as relações das disciplinas com o dia a dia das pessoas. De modo geral, é possível aplicar as informações na rotina despertando a curiosidade sobre os assuntos. 

Proponha uma rotina diária

A rotina para as crianças é importante para ajudar na organização da vida e para o cumprimento das metas estabelecidas. Por isso, proponha um tempo para ele estudar e seguir de acordo com os melhores horários de rendimento. Dessa forma, a criança se prepara para as provas, aprende a se planejar e consegue reservar os momentos para o lazer.

Reconheça os esforços e a conquista

Outra questão importante é o reconhecimento dos pais. Quando isso acontece, a criança sente a motivação para os estudos, resultando em uma autoestima elevada e bom relacionamento familiar. Itens essenciais para despertar o desejo de estudar.

Uma opção para demonstrar o reconhecimento é criar um mural animado com as metas alcançadas da criança com destaque nas atividades de aprendizagem. A demonstração para a família fará com que ela se sinta importante e capaz de alcançar os resultados. 

Como fazer da tecnologia uma aliada?

Os pais podem usar a tecnologia na escola como aliada para o aprendizado do filho. Os métodos de ensino mais modernos já usam os meios digitais como parceiros para incentivar os estudos das crianças. Afinal, elas naturalmente já nascem com a facilidade de manusear smartphones, tablets e computadores. Então, por que não escolher uma instituição escolar que use esses recursos?

A tecnologia está presente em várias esferas do dia a dia e para ser uma aliada não basta a escola deixar livre os acessos às ferramentas. Portanto, os professores precisam acompanhar e aprender com os alunos como essa interação é benéfica na aprendizagem, sem causar distrações no momento da aula.

As ações tecnológicas facilitam a comunicação das crianças e a interação com os assuntos, como o compartilhamento de conteúdo, disponibilização de materiais interessantes para acessar em casa, incentivo do pensamento crítico e reflexão usando tecnologia. A prática torna as aulas estimulantes e significativas para as crianças de diversas idades.

Por fim, os pais podem também usar a tecnologia em casa para facilitar o aprendizado do filho. Contudo, é fundamental ter um acompanhamento para evitar os riscos à saúde e à integridade da criança, de forma que não se torne prejudicial para o desenvolvimento infantil, bem como não tire o foco dos estudos.

Portanto, antes de entrar em pânico com o pensamento “meu filho não quer estudar”, vá em busca dos motivos que causam esse comportamento na sua criança, buscando os recursos e parceiros para facilitar a motivação da aprendizagem. Sempre de maneira respeitosa e sem comparações, encoraja o seu filho a ter autonomia da própria vida criando responsabilidades consigo mesmo.

Sendo assim, o fortalecimento da família, a segurança do filho com os pais e a confiança em si serão estabelecidas, resultando na formação de um adulto consciente das suas obrigações.

Agora, aproveite para deixar o seu comentário contando para gente como é a relação do seu filho com os estudos e como você lida com isso!

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