Por que precisamos de mais mulheres nas ciências exatas?

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6 de setembro de 2021

Redação Guia do Futuro
Redação Guia do Futuro

Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos voltados para pais que querem fazer a diferença na formação dos filhos!Publicado em . | Atualizado em 6 de setembro de 2021.


Saiba como encorajar sua filha a se interessar por ciência e tecnologia

O que a sua filha quer ser quando crescer? Sabemos que não é uma pergunta simples de ser respondida, tanto que aqui no blog temos um artigo sobre o papel dos pais na decisão profissional de seus filhos.

Em 2019, a OCDE divulgou o relatório Education at Glance apresentando um panorama da educação superior em mais de 40 países, incluindo o Brasil. Um dos destaques é a alta taxa da presença feminina nas universidades, porém com baixa empregabilidadese comparada com os homens, ou seja, as mulheres têm maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho.

Para Camila de Moraes, especialista em educação da OCDE, uma possível explicação é de que as mulheres estão hiper-representadas nos campos de educação, ciências sociais e jornalismo. Já os homens são a grande maioria nas áreas de tecnologias da informação, engenharia e construção.

Segundo dados da Unesco, apesar de 74% das mulheres demonstrarem interesse, apenas 35% das alunas se inscrevem para cursos científicos nas universidades. Sendo que grande parte das profissões do futuro exigirão um conhecimento cada vez mais profundo das áreas de exatas. Ou seja, existe o risco de um alto percentual de mulheres ficarem fora do mercado de trabalho em alguns anos.

Então, como mudar esse cenário? Continue a leitura e confira nossas dicas.

Por que meninas não escolhem exatas?

Um dos principais fatores que geram o baixo interesse por exatas é apontado em um estudo da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, onde 9 a cada 10 meninas associam engenharia com habilidades tidas como masculinas.

O objetivo da pesquisa foi investigar a influência dos pais e professores na relação das meninas com as disciplinas STEM, sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Existe uma dificuldade em identificar como aplicar os conhecimentos da escola na profissão e por isso ainda associam a ciência à realização de experimentos em laboratório. Outro obstáculo para o baixo índice de engajamento é a falta de modelos femininos, o que contribui para a falta de identificação com a área e muita insegurança.

Confira a seguir algumas dicas preciosas de como encorajar as meninas a perderem o medo das ciências exatas.

Dicas de como apoiar o interesse das meninas por ciência e tecnologia.

Separamos algumas dicas para acabar com o mito de que exatas é coisa de menino:

  • incluir visitas a museus de ciências e planetários;
  • buscar iniciativas que aproximem as meninas da programação;
  • encorajar a competição saudável a fim de estimular a criatividade e inovação;
  • presentear com brinquedos que auxiliem no desenvolvimento do raciocínio lógico e matemático;
  • evitar a associação de brincadeiras, roupas e brinquedos com apenas um dos gêneros;
  • incentivar atividades de meninas e meninos em conjunto;
  • estimular o contato com interesses e hobbies diversos;
  • apresentar o “lado humano” dessas profissões e mostrar que elas também podem ajudar a melhorar vidas;
  • dar visibilidade aos modelos femininos no campo de ciências e tecnologia.
6 Mulheres cientistas para inspirar.

E para mostrar que há lugar para as meninas no campo das ciências, fizemos uma pequena seleção de mulheres que impactaram o mundo com seu conhecimento e descobertas:

1. Ada Lovelace (1815 -1852)

Utilizou seu conhecimento e interesse em matemática para desenvolver programas e criar instruções para a máquina de Charles Babbage (um computador programável para usos genéricos), tornando-se a primeira programadora. Seus estudos originaram o que é considerado o primeiro algoritmo para a computação do mundo.

2. Marie Curie (1867-1934)

Primeira mulher a lecionar na Universidade de Sorbonne (França) e a receber um Prêmio Nobel. Foi também a primeira pessoa na história a receber duas premiações em áreas distintas: Nobel de Física (1903) e Nobel de Química (1911). Mundialmente conhecida pela descoberta da radioatividade o que levou à invenção do raio-x móvel, usado durante a I Guerra Mundial. Com seu marido Pierre, Marie também descobriu os elementos polônio e rádio, além de desenvolver técnicas que permitem isolar isótopos radioativos.

3. Johanna Dobereiner (1924-2000)

Indicada ao Nobel de Química em 1997, a engenheira agrônoma desenvolveu um trabalho revolucionário na Embrapa, onde descobriu que bactérias potencializam o cultivo de leguminosa dispensando o uso de fertilizantes. A descoberta fez do Brasil o maior produtor de soja do mundo.

4. Katherine Johnson (1918 – 2020)

Seus cálculos foram fundamentais para Neil Armstrong pisar na Lua em 1969, servindo de inspiração para o filme “Estrelas Além do Tempo”. Ingressou na Nasa como física e cientista espacial, sendo seu trabalho primordial para definir a trajetória da primeira viagem ao espaço por um americano. Katherine foi reconhecida com a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior condecoração civil dos Estados Unidos, pelos mais de 30 anos de serviço na agência aeroespacial e pela inspiração a mulheres negras no mundo.

5. Suzana Herculano-Houzel (1972)

Revolucionou a área de neurociências e dedicou-se ao estudo da anatomia comparada do cérebro de diferentes animais para entender a evolução dos seres humanos. Com isso, criou um preciso e novo método, reconhecido no mundo todo, para contar as células do cérebro.

6. Duilia de Mello (1963)

A astrofísica extragalática foi responsável por descobrir a supernova SN 1997D, uma explosão luminosa que ocorre nos últimos estágios evolutivos de uma estrela. Considerada um dos maiores nomes da ciência no Brasil, é colaboradora da NASA e estuda como as galáxias nascem e evoluem através do telescópio espacial Hubble. Duilia também é presidente da Associação Mulher nas Estrelas, que tem como objetivo estimular crianças e jovens a descobrirem seus talentos a partir do conhecimento científico.

Iniciativas que aproximam as meninas das ciências.

Indicamos alguns projetos e programas educacionais para incentivar sua filha:

Com novas profissões surgindo, o mercado exigirá cada vez mais conhecimentos no campo de ciências, tecnologia e matemática. Isso reforça a necessidade de capacitar meninas para o futuro e assim ampliar o leque de opções na hora de escolher um curso universitário. Mulheres e homens encontram soluções diferentes, reforçando a importância da diversidade em todas as profissões e em especial quando se trata de analisar problemas científicos.

Agora você já sabe que aproximar meninas das ciências exatas pode gerar benefícios para a economia, além de estimular habilidades como pensamento crítico e resolução de problemas complexos.

Conte para gente nos comentários o que achou das nossas dicas. Compartilhe o conteúdo nas suas mídias sociais e com outros pais!

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