Qual a idade ideal para começar a estudar em cada ano?

Família e Escola

5 de janeiro de 2021

Redação Guia do Futuro
Redação Guia do Futuro

Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos voltados para pais que querem fazer a diferença na formação dos filhos!Publicado em . | Atualizado em 5 de janeiro de 2021.


O fato de que nos primeiros anos de vida o ser humano tem uma enorme capacidade de aprendizagem, memorização e desenvolvimento é, hoje, ponto pacífico entre os especialistas. No entanto, cuidados específicos são necessários, como a idade para começar a estudar, assim como o emprego de métodos especiais para lidar com esse processo primevo da formação da subjetividade e identidade da criança e do adolescente.

É por isso que as instituições educacionais são norteadas por meio de diretrizes básicas para definir quais temas, atividades, métodos e projetos são mais adequados a cada faixa etária. Do contrário, capacidades essenciais para o amadurecimento do sujeito podem ser esquecidas ou prejudicadas, pois como os pais dizem “tem hora para brincar e tem hora para estudar”. É tendo em mente que cada momento é crucial para a formação da criança e do adolescente que iremos apresentar a seguir qual patamar educacional é ideal para cada uma das faixas etárias e qual a idade para começar a estudar.

Quando e como saber a idade ideal para começar a estudar?

A princípio, o Conselho Nacional de Educação (CNE) por meio da Resolução CEB nº 06/2010 define que crianças a partir do quarto ano completo de idade, até o dia 31 de março do ano referente à matrícula escolar, podem ingressar em uma pré-escola e dar início a trajetória escolar. Ao mesmo tempo, a escolarização é classificada como um direito de crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos. Portanto, ela é obrigatória e é um dever do Estado promover e fornecer vagas em escolas públicas para todos.

A partir disso, a formação escolar no Brasil é dividida em três momentos principais: a educação infantil, o ensino fundamental, hoje dividido em duas etapas, o fundamental I e o fundamental II e, por fim, o ensino médio, repartido em três anos.

Mas a educação só começa no quarto ano de idade e é essa a melhor idade para começar a estudar?

Apesar da idade obrigatória de 4 anos para iniciação da trajetória escolar, há quem defenda que o princípio possa ser aos dois anos de idade. No segundo ano de vida, a criança detém certa autonomia de comunicação e locomoção. Por isso, em vista dessa capacidade de interação, ela já estaria apta a participar de uma educação sistematizada e exógena em relação à família.

No entanto, na relação entre a escola e a família, é importante que os pais acompanhem de perto o desenvolvimento, a socialização e trajetória escolar da criança. Para além disso, a educação escolar não substitui os ensinamentos que são responsabilidade dos pais e da família.

A socialização da criança, por exemplo, é de extrema importância nos primeiros anos de vida e é fundamental que os pais estimulem os valores necessários ao convívio social e de compreensão do outro.

Ao mesmo tempo, a imaginação, a criatividade e a descoberta do corpo são capacidades que o ser humano amadurece dos primeiros anos de vida até a adolescência. Cabe aos pais, portanto, incentivá-las no ambiente familiar com brincadeiras, atividades em grupo e permitir o acesso à música, aos livros, aos trabalhos manuais que desenvolvam as habilidades motoras, intelectuais e socioafetivas da criança.

Outro fator ignorado por muitos pais é que não basta definir qual a idade para começar a estudar. É importante que o convívio familiar seja um exemplo contínuo, pois os estímulos e incentivos quando compartilhados no interior do lar resultam em um maior interesse e prazer por parte da criança e do adolescente por atividades relacionadas aos estudos e à aprendizagem.

Para tanto, um dos hábitos saudáveis para a criança e o convívio familiar é a leitura coletiva. A hora do banho e a hora de dormir são momentos propícios para atividades relaxantes e imaginativas como a leitura e a música. Ao ver o pai ou a mãe se entregando a uma história ou desfrutando de uma canção, a criança não só está suscetível a gostar daquele momento, mas também da prática em si.

Outro hábito fundamental é o brincar. Assim como a leitura e a música, o brincar não tem idade, apesar de ter hora. As brincadeiras são importantes não só para o desenvolvimento motor e intelectual da criança, mas também para exercitar a imaginação, a criatividade e a socialização. Todas essas capacidades farão enorme diferença ao longo do desenvolvimento e da trajetória escolar da criança e do adolescente.

Nós sabemos que o dia a dia é corrido e pode ser muito estressante. Contudo, sempre que houver um tempo não deixe de compartilhar experiências e histórias com seu filho. De preferência, substitua os eletrônicos por atividades mais imaginativas e que exijam criatividade, dessa maneira seu filho perceberá de forma espontânea como ele próprio é agente ativo da aprendizagem e aquisição de saberes.

A idade para começar a estudar é quando começamos a perceber o mundo em volta

Portanto, a idade para começar a estudar é quando a criança começa a se entender como sujeito no mundo. Embora sua identidade e capacidades não estejam plenamente definidas, os primeiros anos de vida são cruciais para seu desenvolvimento saudável e para a tomada de gosto em aprender. É por isso que os pais são os principais responsáveis pela formação socioafetiva, intelectual e motora da criança e do adolescente.

Os pais não só são a principal referência dos filhos, como são eles que detêm a capacidade de estimular, prover e garantir o aprendizado e, mais do que isso, a curiosidade. Por isso, é indispensável que as crianças tenham espaço e apoio para usufruir de maneira livre e segura de sua curiosidade e apetite pelas coisas que as rodeiam. Caso isso não aconteça, independente da idade para começar a estudar, a trajetória escolar do seu filho pode ser comprometida.

Por fim, é importante que os pais, assim que os filhos começarem a frequentar à escola, reforcem as atividades trabalhadas em sala de aula e dialoguem com o professor e a equipe pedagógica da escola. De modo que eles atuem e colaborem por meio de práticas e estímulos que concordem com o projeto educacional de socialização e de amadurecimento socioafetivo e intelectual dos filhos.

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