Você conhece a origem das Festas Juninas?

Família e Escola

22 de junho de 2022

Redação Guia do Futuro
Redação Guia do Futuro

Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos voltados para pais que querem fazer a diferença na formação dos filhos!Publicado em . | Atualizado em 28 de junho de 2022.


Saiba mais sobre como surgiram as tradições que divertem e encantam as crianças de todo o Brasil.

A Festa Junina é muito popular, sendo, em algumas regiões do país, a segunda maior comemoração do ano, ficando atrás apenas do carnaval. A celebração acontece desde o século XVII, após a chegada dos portugueses no Brasil. Por serem tradições comuns na Europa, foram trazidas durante a colonização, assim como muitos hábitos que mantemos até hoje.

No Brasil, a festa foi recebendo diversas influências que refletem a mistura das culturas africana, indígena e portuguesa. Inicialmente, possuía um forte tom religioso que foi reduzido com o tempo, uma vez que atualmente é vista como uma festividade popular. Além disso, a evolução da celebração junina no Brasil reforçou a conexão com símbolos típicos das zonas rurais.

Aqui, no Guia do Futuro, já abordamos a cultura oriental e sua crescente influência nas crianças. Agora vamos saber mais sobre a Festa Junina e seus elementos tradicionais.

A origem é bem antiga

Historiadores apontam que as origens da nossa Festa Junina estão diretamente relacionadas a festividades antigas realizadas na Europa, na passagem da primavera para o verão, momento chamado de solstício de verão, que, no hemisfério norte, acontece no mês de junho. Os especialistas acreditam que essas celebrações eram realizadas como forma de afastar os maus espíritos e qualquer praga que pudesse atingir a colheita.

As comemorações realizadas por diferentes povos pagãos europeus começaram a ser transformadas quando o Cristianismo se consolidou como a principal religião do continente. Buscando a conversão dos povos, a Igreja Católica abraçou as festividades com a homenagem de importantes figuras do catolicismo, entre as quais se destacam Santo Antônio (13 de junho), São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho).

Mistura de muitos sabores

As Festas Juninas evoluíram também nas tradições populares rurais, por isso as comidas típicas se relacionam com o tempo de colheita. Um dos principais alimentos cultivados no interior do Brasil é o milho, mas também estão presentes derivados do leite, batata e mandioca.

As comidas típicas são mesmo de dar água na boca: arroz doce, bolo de milho verde, baba de moça, biscoito de polvilho, pipoca, curau, pamonha, canjica, milho cozido, bolo de fubá, bom bocado, cuscuz, quebra-queixo, pé de moleque, quindim, paçoca e muitas outras iguarias. Tudo isso reunido nas barraquinhas decoradas com bandeiras e toalhas coloridas para fazer a alegria de comilões de todas as idades!

Explosão de sons e cores

As bandeirolas coloridas e os trajes típicos do interior também fazem parte das Festas Juninas. As roupas são uma referência ao povo rural, principalmente do Nordeste, sendo que podemos encontrar muitas semelhanças no modo de vestir caipira do Brasil e de Portugal.

As decorações que fazemos para a festa foram inspiradas pelos portugueses. Por conta da tradição das navegações, eles trouxeram novidades da Ásia, como enfeites de papel, balões de ar quente e brincadeiras com pólvora. A dança de fitas e o pau de sebo, típicos das Festas Juninas no Brasil, também são originários da Península Ibérica.

Os instrumentos usados como cavaquinho, sanfona e triângulo estão na base da música popular e folclórica portuguesa. Eles foram trazidos pelos colonizadores e imigrantes, iniciando a rica mistura de ritmos que embalam a evolução das nossas quadrilhas.

Festejando em casa e na escola

Muitos bairros e escolas têm suas próprias festinhas juninas com muita comida, brincadeiras e música. As crianças escolhem seus pares, colocam uma roupa típica e dançam a quadrilha.

A quadrilha tem origem na dança de salão francesa e foi introduzida no Brasil na época da vinda da Família Real Portuguesa. A chamada quadrille era uma espécie de contradança campestre (contredanse française) que se ajustou bem à tradição sertaneja e caipira do nosso país.

É interessante notar como, até hoje, existem algumas expressões aportuguesadas do francês nas cantigas de quadrilha, como “anarriê” (de en arrière, que significa “para trás”), “balancê” (de balancet, que significa “balanceio” ou “giro”) e “changê” (de changé, que significa “mudar” ou “trocar de par”).

A cada Festa Junina que participamos com as crianças, celebramos a união de diversas culturas. Podemos aprender muito sobre o mundo e, principalmente, sobre a nossa identidade como brasileiros. A melhor parte é que descobrimos tudo isso nos divertindo. Então, compartilhe este artigo com outros pais, e vamos todos para o arraiá!

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