Redação Guia do Futuro
Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos voltados para pais que querem fazer a diferença na formação dos filhos!Publicado em . | Atualizado em 16 de novembro de 2020.
A pandemia causada pelo novo coronavírus intensificou o trabalho remoto no cotidiano dos brasileiros. Isso tem levado os pais a enfrentarem um novo desafio: como ajudar seu filho a estudar em casa e, ao mesmo tempo, manter uma rotina efetiva e saudável?
Com a digitalização do trabalho, muitos detalhes do nosso dia a dia mudaram. No entanto, desde o início do ano de 2020, as transformações foram desmedidas, afinal, as crianças estão mais tempo em casa e é preciso fortalecer o nosso trabalho junto com a escola.
O novo formato do ensino remoto pode ser temporário, mas, provavelmente, deixará muito aprendizado. Além disso, é cada vez maior a adesão de profissionais ao modelo de trabalho home office.
É pensando nesse novo contexto que trouxemos este conteúdo. Aqui você encontrará, de forma aprofundada, o auxílio que precisa para organizar seu cotidiano e como ajudar seu filho a estudar durante o período de suspensão das aulas presenciais. Boa leitura!
O que mudou com a nova rotina?
Em primeiro lugar, precisamos contextualizar todas as mudanças que têm nos rodeado nos últimos tempos, e elas não são poucas. A especialista Rosângela Almeida Vieira, Coordenadora Pedagógica do Segmento da Educação Infantil e Ensino Fundamental do Colégio Ideal, tem muito a informar sobre o assunto.
“O mundo está passando por um momento histórico, e os últimos acontecimentos vão ficar marcados na memória de todos nós. Os livros vão registrar a pandemia e as mudanças decorrentes do isolamento por ela imposta”, esclarece.
A coordenadora nos mostra que todas essas transformações não ocorreram de modo particular. Para a especialista, esse é um novo processo que exige uma adaptação coletiva pois as dificuldades são enfrentadas por toda a sociedade.
“A pandemia não é apenas algo que devemos superar, mas um momento que devemos atravessar. Se estamos em meio a esse turbilhão é porque podemos aprender mais e experienciar a vida por meio de outros formatos”, ressalta a especialista.
Como está a educação em tempos de pandemia?
Apesar de insegurança, uma coisa é certa: nada será como antes. Inúmeros setores da sociedade passam por transformações, e a educação é um deles.
“De um dia para o outro, os professores foram para as telas dos computadores, tablets e celulares de seus alunos e família. Sendo assim, as estratégias de ensino e aprendizagem precisaram ser repensadas”, explica a pedagoga Rosângela.
Há muitos anos que a educação não passava por uma transformação tão intensa. Mesmo com outras pandemias históricas, como a gripe espanhola no início do século XX, a forma como estamos lidando no século XXI é completamente inovadora.
A tecnologia e a internet permitiram que parte do trabalho dos educadores prosseguisse e que a educação dos filhos continuasse a ser desenvolvida. Foi com o uso das novas ferramentas que a educação, apesar de alguns desafios, continuou em desenvolvimento.
Rosângela Vieira declara que “a pandemia fez o mundo girar para um lado diferente. A educação precisou desbravar um mundo de aplicativos e ferramentas, enquanto tentava diminuir a distância territorial e os desafios da mediação pedagógica”.
É essa revolução que, apesar das dificuldades, nos ensinou muito. Pense: desde o início desse processo, quantas ferramentas novas você já aprendeu a dominar? Você ainda utiliza as redes sociais da mesma maneira que antes?
As mudanças foram intensas e nos adaptamos a elas rapidamente. O ensino remoto, que antes era uma discussão, tornou-se realidade. O contato entre alunos e professores passou a ser 100% online, e a autonomia do estudante ganhou destaque nesse novo momento.
Em meio a tudo isso, o professor, que é um mediador do processo ensino-aprendizagem, teve pouco tempo para se reinventar. Mas, apesar dos desafios, muitos deles estão desempenhando seu papel, mesmo que de forma remota, com maestria e muito ânimo.
Como ajudar seu filho a estudar em casa?
Não é novidade dizer que, organizar uma rotina de estudos, nunca foi algo fácil para diversos alunos, independentemente do nível de escolaridade.
Agora, nossos pequenos, além de terem de se dedicar às tarefas de casa, também têm que realizar grande parte das atividades que antes eram feitas em sala de aula, no próprio ambiente doméstico. Essa é uma adaptação difícil para os pais, mas também para as crianças.
A pedagoga Rosângela Vieira esclarece que, nesse novo formato de estudo, algumas dificuldades têm sido recorrentes, como a autorregulação e a organização das rotinas familiares.
A profissional da educação também adverte que, nesse novo contexto, “é fundamental que os alunos e seus familiares compreendam que o distanciamento trouxe novas responsabilidades para todos os envolvidos no processo.”
Sendo assim, é preciso que o trabalho seja realizado com compreensão, cuidado e disciplina para que tudo seja aproveitado da melhor forma possível.
Dentre as principais dificuldades enfrentadas, a pedagoga lista:
- alunos: eles precisam dos pais e dos professores para compreender esse novo formato e dimensionar a importância que ele representa para o seu desenvolvimento acadêmico. Isso exige comprometimento, organização e rotina;
- pais: o grande desafio para os responsáveis é viabilizar esse espaço, tempo, materiais e mediação de muitas questões que antes eram trabalhadas pelo professor.
Pensando nesse contexto de dificuldades, veja como ajudar seu filho a estudar em casa!
É preciso manter o foco
O psicólogo e jornalista científico Daniel Goleman afirma, em sua obra “Foco”, que “aprendemos melhor com a atenção focada. Quando nos focamos no que estamos aprendendo, o cérebro situa aquela informação em meio ao que já sabemos, fazendo novas conexões neurais”.
Em outras palavras, isso quer dizer que, a partir do foco, é possível construir conhecimento e aprendizado. É por isso que as atividades devem ser feitas de maneira didática. Afinal, como afirma Goleman, o foco também está relacionado com o envolvimento emocional que a pessoa terá com a atividade exercida.
Caso a criança tenha muita dificuldade em iniciar o seu trabalho com concentração, é possível fazer alguns exercícios que auxiliam, como concentrar-se na respiração e permanecer assim durante um ou dois minutos, ou fazer declarações positivas sobre as habilidades de seu filho. O efeito de alguém demonstrando que acredita nas potencialidades da criança pode ser extremamente eficaz.
A leitura é uma prática positiva
A leitura é uma grande aliada para pais e professores, pois, além de estimular a criatividade, a escrita e o aprendizado, a criança também aprende a concentrar-se.
Por isso, quando o professor de português, redação ou literatura pedir alguma leitura, incentive seu filho a colocá-la em prática. Pesquise junto com a criança sobre livros, procure-os em bibliotecas online ou plataformas de leitura.
Além disso, você pode também incentivar a leitura de textos de diversos gêneros, como notícias, biografias, poesias ou contos.
Depois de ler, pergunte para a criança o que ela pode ensinar para os outros a partir da obra lida. Assim, além de trabalhar a prática de interpretação e compreensão, também será exercitada a prática do discurso/oralidade, algo tão temido por vários adultos.
A tecnologia deve ser usada com equilíbrio
A tecnologia já é a grande ferramenta de trabalho para adultos e crianças. As redes sociais, os aplicativos e as plataformas digitais já não são vistas apenas como recursos para compartilhamento da vida pessoal, mas como meios para compartilhar conhecimento.
No entanto, é importante se lembrar de que a presença dos pais, para uma criança, é fundamental. O psicólogo Goleman explica que as crianças de hoje estão crescendo em uma nova realidade, na qual estão conectados mais a máquinas e menos a pessoas de uma forma que nunca aconteceu antes na humanidade.
Isso, para o psicólogo, pode ser prejudicial, afinal, o “circuito social e emocional do cérebro de uma criança aprende por meio dos contatos e das conversas com todos que ela encontra durante o dia”, ou seja, quanto menos contatos, menos aprendem.
Por isso, é tão importante que, mesmo com o uso da tecnologia, a criança seja questionada em casa sobre suas aulas, como elas foram, quais foram os resultados, quais são as boas notícias e quais foram as dificuldades. E lembre-se, você pode substituir o “o que você aprendeu hoje?” pelo “o que você tem para me ensinar hoje?.”
O apoio é fundamental
Quando o pai ou a mãe querem participar da vida escolar da criança, é importante manter o contato com a instituição, especialmente para acompanhar e verificar como a criança e sua aprendizagem estão sendo conduzidas.
Mesmo com o ensino remoto, esse contato não deve ser cortado. Os pais podem continuar a entrar em contato com pedagogos, professores ou gestores. Eles, com certeza, estão dispostos a auxiliar a apoiar em qualquer dúvida ou dificuldade.
Para a pedagoga Rosângela, embora essa não seja uma tarefa fácil, é muito importante reconstruir as relações de interação e comunicação entre a escola e as famílias. Afinal, “os alunos sentem muita falta de um contato mais próximo com o professor para tirar dúvidas e expressar suas opiniões”.
Portanto, mesmo a distância, é muito importante que a comunidade escolar continue próxima para que o vínculo se mantenha e o diálogo, cubra, dentro do possível, parte da lacuna comunicacional que o ensino remoto deixa sobre o ensino presencial.
Como ajudar seu filho a estudar?
Paulo Freire, em “Pedagogia da autonomia”, afirma que “ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.”
Quando o pedagogo nos traz essa reflexão, ele mostra que o ensino vem, principalmente, da escola, mas também de outros lugares e pessoas.
Sendo assim, os professores, junto com os pais e os alunos, trabalhando de forma ativa, são capazes de constituir um forte caminho para o aprendizado e para a construção de conhecimento.
Os pais, dentro desse contexto, são grandes influenciadores para suas crianças, se não os maiores. É por meio deles que virá grande parte da motivação para que, mesmo diante de uma dificuldade, o aluno não desista.
Pensando nisso, veja abaixo algumas dicas que a pedagoga Rosângela Vieira trouxe sobre como motivar e como ajudar seu filho a estudar!
Auxilie, mas mantenha a autonomia da criança
Para Rosângela Vieira, esse é um entendimento necessário e muito importante para o desenvolvimento dos alunos — e também um grande desafio para professores e responsáveis.
Ela ainda destaca que “existe uma linha tênue entre ajudar e fazer pelo outro”. Por isso, o trabalho de pedagogos e professores é tão especial, pois eles sabem orientar a criança, mas não fazer por ela o caminho que deve ser descoberto por meio das práticas escolares.
Seja um mediador
A pedagoga traz um exemplo interessante para compreender a questão da mediação: uma criança que ainda está nos anos iniciais e ainda não sabe ler, provavelmente, precisará de alguém que leia os textos ou histórias para elas. No entanto, é preciso deixar que ela elabore e teste suas hipóteses em todas as áreas do conhecimento.
É dessa forma que se constrói uma mediação adequada. Os pais podem trazer questões que instigam a criança, que a façam pensar, mas nunca responder ou interpretar por elas. Para Vieira, uma mediação adequada passa por dois pontos principais:
- perguntar, primeiramente, o que ela pensa sobre a questão;
- fazer uma escuta ativa da resposta dada por ela.
Esse diagnóstico possibilita uma intervenção pontual em seu processo de aprendizagem. No entanto, mesmo que os pais não tenham o tempo necessário para fazer essa mediação de forma detalhada, se conseguirem construir essa abordagem apenas algumas vezes por semana já seria de grande ajuda para o desenvolvimento da criança.
A pedagoga ressalta que “no ímpeto de resolver logo a atividade, muitos pais antecipam as respostas. Por vezes, para garantir que a resposta esteja correta, fazem as atividades pelos filhos. Porém, sem esse processo de mediação na aprendizagem, a autonomia fica comprometida.”.
Observe o comportamento dos filhos enquanto estudam
Esse é um momento em que aqueles que podem ficar em casa, podem aproveitar a companhia dos filhos por mais tempo. Dessa forma, será possível conhecer outros lados do desenvolvimento educacional que antes não eram tão claros devido à convivência regida pelos horários das escolas e do trabalho.
Nesse contexto, Rosângela Vieira esclarece que é “importante que as famílias aproveitem esse momento para observar o comportamento dos filhos em relação aos estudos.” Note se eles são atentos, interessados, se dispersam com facilidade ou se diante de uma dificuldade desistem rapidamente.
Para a pedagoga, “o fazer junto pode revelar informações importantes sobre o nível de aprendizagem ou dificuldade que as crianças apresentam. Sobretudo, é preciso deixá-los tentar.”
Mesmo que você note que há algum trabalho que o deixe bastante preocupado, é fundamental entender que a tentativa faz parte do processo de autonomia do aluno e do seu desenvolvimento integral como estudante.
Como estabelecer uma rotina?
Mesmo que o estudo seja em casa e tenha mais flexibilidade, é essencial estabelecer uma rotina. Para nos ajudar nessa questão, a coordenadora pedagógica levantou algumas dicas. Veja!
Estabelecer cronogramas
Para a pedagoga, é muito importante que os pais e os filhos combinem o horário que melhor atenda a necessidade de todos e que esse tempo seja respeitado diariamente. Dessa forma, cada um poderá utilizar o equipamento e o espaço em tempos diferentes do outro.
Além disso, estudar todos os dias no mesmo horário contribui para condicionar a mente e o corpo a esperarem por esse momento.
Organizar o espaço
É muito importante organizar o espaço de estudo, lanchar antes de as atividades iniciarem e deixar disponível a água e os materiais necessários próximos para não interromper a aula. Além disso, é preciso separar um tempo para:
- a aula online;
- para as tarefas de casa;
- e para estudos de aprofundamento, como pesquisas e leituras diversas.
Assim, é possível evitar algumas distrações durante o estudo e garantir que, após as aulas, todo o horário de atividades extras estará organizado.
Elaborar um quadro de atividades
Sabe aquele quadro que, geralmente, vemos nas empresas para organizar as tarefas dos funcionários? Por que não arrumarmos um semelhante para nossos pequenos? Além de conseguirmos, por meio deles, visualizar a rotina de forma mais dinâmica, também deixamos esse trabalho mais divertido para as crianças.
O quadro de atividades diárias ajuda o estudante a se organizar melhor e proporciona uma rotina saudável de estudos. Além do tempo para estudar, os horários de alimentação, lazer, sono e outros aspectos são igualmente importantes de serem destacados.
Para a especialista em educação, visualizar os horários de realização dessas outras atividades “contribui para diminuir a ansiedade e aumentar o foco nos estudos.”
Como conciliar estudo dos filhos e trabalho?
Essa é uma questão que vem da maioria dos pais durante a época de suspensão das aulas presenciais. No entanto, apesar de desafiadora, não é uma tarefa impossível. Com um pouco de organização, é possível realizar algumas intervenções que podem auxiliar bastante a criança.
Planejar e ter tempo de qualidade para conviver e apoiar os filhos em seus estudos têm possibilitado trocas importantes nos relacionamentos familiares. Mas esse momento precisa ser planejado com muita atenção, organização e estratégia. Confira algumas dicas que podem contribuir bastante para esse momento!
Gerir o tempo de acordo com as prioridades
No livro “Qual é a tua obra?”, o autor Cortella afirma que, atualmente, as pessoas agem de acordo com as urgências e não de acordo com o que é importante. Nossa vida acelerada pede muito de nós e, por consequência, acabamos priorizando sempre as atividades que são mais urgentes.
Ao lidar com as crianças e o ensino, Rosângela Vieira indica que “os pais precisam fazer uma lista de compromissos, observando as ações mais emergentes e estabelecer metas para serem alcançadas diariamente”.
Dessa forma, você conseguirá separar algumas tarefas que são importantes tanto para você quanto para seu filho e tentará, por meio da organização, manter o equilíbrio.
Organizar em casa o espaço e o tempo
Nesse período, possivelmente, o computador está em uso durante as 24 horas do dia. Por isso, é fundamental organizar um cronograma para o estudo dos filhos e para o trabalho dos adultos.
Esse cronograma funcionará como um combinado, de forma que ninguém fique com o acesso prejudicado nesse tempo em que todos estão em casa.
Além disso, os combinados de organização e silêncio podem influenciar na produtividade e otimizar o tempo. Por isso, essas ações devem ser pensadas junto com os filhos. Dessa forma, as crianças começam desde cedo a aprender a organizar seus horários e a ter empatia com o próximo, percebendo que todos têm tarefas e necessidades importantes.
Contar com um grupo de apoio
É importante compreender que não estamos sozinhos nessa etapa, por isso, uma boa opção é delegar e confiar algumas ações para irmãos, parentes e outros que puderem auxiliar, em algum nível, com essa demanda escolar dos filhos.
Assim, além de a criança ter outras pessoas auxiliando, elas vão aprender a ter novas percepções sobre o mesmo assunto. Afinal, a diversidade também é uma forma de aprendizado.
Como ficam os momentos de lazer?
Em meio a muitas atividades, é comum que as pessoas sintam-se perdidas e acabem por dar prioridade a suas funções e esquecendo que o autocuidado é importantíssimo para a saúde física e emocional. O mesmo pensamento é válido para crianças e adolescentes.
Por mais que as atividades da escola sejam importantes, os momentos de lazer também são. Sendo assim, não deixe que a criança abandone suas atividades de lazer, sejam os jogos, as brincadeiras, os filmes ou os desenhos.
Como a tecnologia pode ser um suporte?
A virtualização do processo educativo, para alguns pais, pode ser sinônimo de que a criança ou o jovem esteja estudando pouco. Para outros, porém, pode significar o oposto.
Cortella, no livro “Qual a tua obra?”, esclarece que a virtualização do local de trabalho, ou a possibilidade de trabalhar em qualquer lugar, não significa, necessariamente, que nossa existência foi facilitada. Para o filósofo, “poder trabalhar em qualquer lugar hoje significa que se pode trabalhar o tempo todo.”
Portanto, busque ver a tecnologia como um suporte tanto para você quanto para a criança. O importante mesmo é a motivação e o apoio que vem de casa e ajudam a construir um estudante com habilidades e competências variadas.
Além disso, lembre-se: mesmo após o início das aulas presenciais, é muito importante levarmos tudo que aprendemos durante esse tempo de distanciamento social como boas práticas para os anos seguintes.
Saber como ajudar seu filho a estudar em casa pode exigir dos pais alguns aprendizados novos, mas que, com certeza, farão a diferença durante toda a escolaridade das crianças e dos jovens!
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