Saiba como entender se seu filho tem dificuldade em fazer amigos

Educação Socioemocional

19 de fevereiro de 2021

Redação Guia do Futuro
Redação Guia do Futuro

Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos voltados para pais que querem fazer a diferença na formação dos filhos!Publicado em . | Atualizado em 19 de fevereiro de 2021.


Algumas crianças têm dificuldade em fazer amigos. Em uma situação como essa, se temos a intenção de auxiliar é preciso reconhecer primeiramente as causas da dificuldade, para somente depois oferecer uma solução.

Muitos pais sabem da importância da vida social na infância: ela que nos prepara para o futuro, para as dificuldades, para a convivência com pessoas diferentes, para os bons diálogos e todos os contextos que envolvem uma vida adulta. Além do mais, quando uma criança tem amizades saudáveis, torna-se maior a probabilidade dela ter mais segurança e autoestima no futuro.

Diante desse contexto, trouxemos este conteúdo! Aqui, você verá como entender se seu filho tem dificuldade em fazer amigos ou se ele é só seletivo. Continue a leitura e saiba mais!

Como saber se o seu filho tem dificuldade em fazer amigos?

Antes de tomar qualquer medida buscando a solução, é importante analisar com cuidado o contexto da criança, observar seus hábitos, seu humor, entre outros fatores. Abaixo, você verá detalhes de como reconhecer se o seu filho tem dificuldades em fazer amigos.

Observe o comportamento

Algumas crianças, desde a primeira infância, demonstram na forma que lidam com algumas situações, que preferem ficar sozinhas, ter algumas brincadeiras individuais ou evitar locais com muitas pessoas. O comportamento diz muito sobre ela.

Esse é um padrão que deve ser analisado a partir do que seria uma rotina saudável. É muito importante ter equilíbrio entre as atividades individuais e coletivas. No entanto, caso você note que a criança evita, de forma contínua, o contato com outras crianças ou mesmo com adultos, é importante tentar iniciar um diálogo sobre o porquê desse incômodo. 

Observe se o seu filho está tentando reprimir algum sentimento, se ele está preocupado com alguma situação, se já aconteceu algo que o incomodou. E lembre-se: ele é uma criança, tudo isso pode ser confuso ao expressar, mas é muito importante valorizar tudo que será dito.

Escute o que ele sente

Lidar com os sentimentos não é nada fácil, mesmo para nós que somos adultos. Imagine para uma criança que ainda está iniciando a sua vida e tem um mundo de experiências para aprender? É por isso que desde a infância é importante ensinar como expressar os seus sentimentos, como:

  • “me sinto triste, pois…;” 
  • “ estou muito feliz, pois…;”
  • “ estou confuso e agitado, pois…;” 
  • “me sinto com medo, pois…”
  • “me sinto ansioso, pois…”
  • “me sinto decepcionado, pois…”. 

Essas frases parecem simples, mas ajudarão você a compreender o seu filho e com quais sentimentos ele tem que lidar durante o dia enquanto brinca e lida com outras pessoas. Lembre-se de sempre validar os sentimentos que ele trouxer, pois é a verdade dele. Isso é trabalhar a saúde mental da criança.

Para compreender essa importância por meio de um processo mais dinâmico e lúdico, você pode assistir com seu filho o filme Divertidamente. Ajude-o a assimilar cada personagem a um sentimento. Imprima a foto desses personagens e pergunte-lhe “qual sentimento está mais ativo hoje?” peça-o para apontar para um personagem.

Assim, você terá um diálogo próximo da realidade lúdica e imaginativa da criança e poderá compreender melhor os sentimentos que a rodeia.

O que essa dificuldade pode indicar?

A dificuldade de sociabilização pode trazer algumas consequências para a vida futura da criança, principalmente durante fases importantes do seu desenvolvimento. Então, caso perceba algo que seja preocupante, não hesite em procurar o auxílio de um profissional.

Várias situações podem intensificar esse receio de fazer amigos, como o bullying na escola, algum problema de concentração, dificuldade de aprendizagem, sensação de preocupação, sentimento de insegurança, entre outros receios. 

É importante, portanto, além de fazer as próprias observações e estabelecer um diálogo em casa, também ter um contato com a escola, a fim de manter-se informado sobre como determinados acontecimentos podem intensificar essa dificuldade em fazer amigos.

Como ajudar o filho a fazer amigos?

Para finalizar, veja como você mesmo pode ajudar o seu filho a fazer amigos. É importante reconhecer que os resultados não serão imediatos, é preciso tempo, diálogo e persistência. Acompanhe! 

Ofereça oportunidades para seu filho socializar

Se vocês ficarem em casa durante toda a semana e não frequentarem ambientes que estimulam a socialização, realmente será muito difícil para que seu filho faça novos amigos. Por isso, experimente mudar de ambiente, visite parques, faça um passeio no shopping, visite os primos que têm a mesma faixa etária. 

Muitas crianças têm dificuldade de comunicação na escola, no entanto, em ambientes diferentes, elas podem buscar outras formas de comunicação. Assim, elas podem conhecer outros jovens e desenvolver um contexto amigável com mais facilidade e com autonomia.

Conte histórias sobre amizade para seu filho

Volte um pouco e pense no seu período escolar. Há matérias e conteúdos que você se lembra até hoje porque eles foram ensinados por meio de histórias ou contos. Com as crianças ocorre o mesmo, elas aprendem facilmente por meio de histórias. 

Sendo assim, pesquise por alguns contos que trazem como temática principal a amizade. É dessa maneira que, indiretamente, você ensinará sobre valores que a amizade pode agregar em nossa vida, como amor pelo outro, respeito, reciprocidade, companheirismo, confiança e sinceridade.

Seja exemplo e também mantenha amizades saudáveis

Um filho se espelha muito nos pais. Por isso, você também pode manter algumas amizades sinceras e saudáveis que serão para sua criança um aprendizado na prática. Marque um café, saia para fazer uma caminhada, vá ao cinema, assista a um filme em casa tendo boas companhias para manter conversas agradáveis. 

Assim, seu filho verá como a amizade faz parte da vida e é um processo natural cultivá-las, isto é, se importar com as pessoas, ser bom ouvinte, desenvolver empatia, compaixão e sentimentos de gratidão com o próximo.

Ofereça suporte emocional para seu filho

Como já demonstramos, é importante ter atenção aos sentimentos dos seus filhos e validá-los. Converse com ele e demonstre que todo sentimento quer nos dizer algo, por isso, é importante compreendê-lo e depois lidar da melhor forma com a situação, sem impulsividade, mas, sim, com compreensão e empatia. 

Por exemplo, se uma criança sente medo de um coleguinha e compartilhou isso com você. Demonstre para ela que o medo sempre quer dizer algo para nós e que, nesse caso, ele não precisa ficar perto de quem não o faz bem. Portanto, pode ou deve afastar-se. E assim ter o próximo espaço respeitado, sem a necessidade de se submeter a situações constrangedoras. 

Dialogue e demonstre que o mundo traz diversas oportunidades e que uma experiência difícil não determinará que todas as outras serão. Assim, com bastante conversa, ele conseguirá, em seu tempo, abrir-se para novas experiências de amizades.

Entender a dificuldade em fazer amigos do seu filho é um processo que demanda observação, diálogo e parcerias. Por isso, mantenha sempre o contato com a escola e com os professores. Peça conselhos, conheça o processo de adaptação escolar e sugira atividades. Assim, o trabalho ficará completo e você verá que logo esse problema será ultrapassado! 

Notou como lidar com crianças exige muita compreensão de nós adultos? Quer saber mais sobre o assunto? Então, veja quais são os diferentes tipos de escola e como escolher a ideal!

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