Segurança na internet: veja como proteger seus filhos com atitudes simples
Inovações EducacionaisSuper Destaque22 de março de 2020
Redação Guia do Futuro
Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos voltados para pais que querem fazer a diferença na formação dos filhos!Publicado em . | Atualizado em 17 de novembro de 2020.
Conheça algumas medidas de segurança na internet para prevenir que crianças e adolescentes fiquem longe dos perigos das redes
A segurança na internet é uma preocupação dos pais cujos filhos nasceram na era digital. Apesar da tecnologia ser indispensável, assim como o mundo real, o mundo virtual oferece perigos para crianças e adolescentes. Essa preocupação se intensifica pelo fato dos pequenos entrarem cada vez mais cedo em ambientes on-line.
Dados de uma pesquisa feita pelo Google mostraram que, em média, as crianças ganham aos 10 anos o primeiro dispositivo conectado à internet e que a maioria dos pais entrevistados acredita que os filhos devam aprender sobre segurança na internet a partir dos 8 anos de idade.
Quanto mais cedo eles forem ensinados a fazer o uso adequado, mais consciência eles terão em relação aos perigos do ambiente virtual.
Quer descobrir quais são as melhores medidas de prevenção? Então, continue lendo este post, para entender mais sobre segurança na internet, a importância de fazer um acompanhamento adequado e como proteger seus filhos com atitudes simples.
Quais os perigos que as crianças correm na internet?
Se você está aqui, é porque quer ter um papel ativo em relação à segurança na internet do seu filho. Por isso, antes de apresentar as dicas de proteção, vale a pena apontar quais são os maiores perigos aos quais as crianças estão expostas:
Cyberbullying
As consequências do bullying ganharam proporções ainda maiores por conta da internet. Se antes as crianças sofriam com o assédio, degradação e insulto em espaços com outras crianças, sobretudo, nas escolas, hoje elas podem sofrer ataques publicamente nas redes.
Tanto é assim, que o cyberbullying ganhou as notícias com casos cada vez mais graves de assédio on-line. Isso pode acontecer por meio de mensagens ameaçadoras, compartilhamento de fotos privadas e difamação.
Segundo pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 37% dos adolescentes brasileiros já sofreram cyberbullying. Desse dado, 36% dos assediados virtualmente deixaram de frequentar a escola depois dos ataques sofridos.
Conteúdos inadequados
No ambiente virtual, as informações circulam livremente e podem ser compartilhadas com apenas alguns cliques, inclusive conteúdos impróprios. Isso vale tanto para as redes sociais quanto para as pesquisas feitas em mecanismos de busca como o Google.
O Google Chrome, por exemplo, possui uma extensão que restringe o acesso a sites adultos no navegador. Ele inspeciona as páginas com palavras-chaves relacionadas a conteúdos que o seu filho não deveria ver na internet e bloqueia o acesso a elas.
Phishing
É de extrema importância que o seu filho saiba o que é phishing, pois é a forma mais comum de ataque virtual. Eles geralmente acontecem quando o usuário clica em um link enviado por e-mail ou acessa um site ilegítimo. O principal objetivo é roubar dados dos usuários, como CPF, senhas, cartão de crédito, entre outros.
O Brasil foi o país que mais sofreu com esse tipo de ataque nos primeiros meses de 2019, segundo uma pesquisa feita por uma empresa internacional de segurança virtual. Sendo assim, é preciso tomar cuidado com e-mails cuja procedência é duvidosa ou sites considerados não confiáveis pelo navegador, por exemplo.
Pedofilia
Quando o assunto é segurança na internet, um dos grandes riscos é a pedofilia. Muitos criminosos utilizam as redes sociais para atrair suas vítimas. Geralmente, eles se apresentam como se tivessem a mesma idade, para ganhar a confiança das crianças.
Por isso, os pais precisam orientar os pequenos que eles devem tomar cuidado com estranhos. É um conselho que vale para inúmeras situações, seja no meio virtual ou não.
Vício
O uso inadequado ou excessivo da Internet pode gerar vícios e, em consequência, causar danos à saúde física e psicológica das crianças e dos adolescentes. Ansiedade, estresse, irritação e depressão são os sintomas mais comuns, mas eles podem ser evitados.
Uma maneira de evitar o excesso de conexão na web é definir um tempo limite de acesso para as crianças. Isso é importante para evitar que a tecnologia possa afetar o rendimento escolar e a vida social dos pequenos, já que o Brasil é um dos campeões em tempo de permanência conectado na rede.
Esses são alguns dos perigos que as crianças podem encontrar ao fazerem uso da internet sem uma boa orientação.
Qual é a idade certa?
Essa costuma ser uma das maiores dúvidas dos pais. Não existe um consenso sobre uma idade adequada para a exposição das crianças às telas e uso da internet. Porém, muitos pediatras desaconselham que os pequenos com menos de 2 anos vejam conteúdos em dispositivos virtuais.
E quando dar um celular para o filho? Embora pesquisadores trabalhem com a idade de 12 anos, essa é uma decisão que vai depender de cada família. É comum que a criança use o argumento de que “todos os amigos já têm um celular”, mas os pais é que devem avaliar a maturidade dos filhos.
O segredo é buscar o equilíbrio, já que hoje é praticamente impossível blindar as crianças e adolescentes contra o uso das tecnologias digitais. Cabe aos pais a responsabilidade de estabelecer limites, ensinar sobre segurança na internet, controlar o tempo de uso e os conteúdos aos quais eles terão acesso.
Segurança na internet: 8 atitudes para proteger os filhos
Confira abaixo as medidas de segurança na internet que vão ajudar você a prevenir o seu filho dos riscos mencionados acima:
1. Converse sobre segurança na internet
O diálogo é o principal meio de garantir a proteção das crianças nos ambientes on-line. Por isso, fale com o seu filho sobre as possibilidades da internet e esteja aberto a ouvir o que ele tem a dizer também.
É importante estimulá-lo a contar sobre o que gosta de fazer, quais sites costuma acessar, os jogos que acha mais divertidos e as pessoas com quem ele se relaciona nas redes.
Mostre que você está aberto e conte sobre problemas que você já vivenciou na internet, para que o seu filho sinta confiança. Assim, ele se sentirá mais confortável para compartilhar com você as possíveis experiências desagradáveis que tiver.
2. Explique sobre privacidade
Educar as crianças da melhor forma significa explicar o porquê das coisas. Quando se trata de segurança na internet, não adianta só dizer “não adicione pessoas estranhas” ou “não compartilhe o endereço de casa”.
Você precisa explicar sobre o risco ao qual ele está exposto ao compartilhar informações tão pessoais sobre ele, a família ou a escola. É importante dar exemplos de casos em que esse tipo de dado foi usado em ações criminosas.
Converse também sobre o uso das redes sociais, para mostrar ao seu filho que elas servem para interagir com os amigos. Ou seja, ele não deve aceitar nenhum desconhecido, mesmo que a pessoa aparente ser inofensiva ou supostamente tenha a mesma idade que ele.
3. Observe como eles se comportam
São comuns os casos em que a criança está enfrentando um problema, como o assédio virtual, mas não consegue contar aos pais. Por isso, fique atento ao comportamento do seu filho para garantir que está tudo bem.
Se notar que ele anda muito ansioso, fica nervoso quando você se aproxima ou se tranca no quarto, talvez ele esteja lidando com um problema. Caso perceba comportamentos diferentes, tente conversar, sem julgamentos, para entender o que está se passando.
4. Estabeleça regras
Resolveu dar um smartphone para o seu filho? Logo de cara, deixe claro que regras deverão ser respeitadas. Mas, antes de entrar em detalhes, converse sobre segurança na internet e as responsabilidades de ter um dispositivo em mãos.
Partindo desse ponto, fica mais fácil para ele entender os motivos pelos quais você decidiu estabelecer regras em relação a quando, onde e como ele pode usar o aparelho. Mostre que elas não foram criadas só para controlar, mas, principalmente, para garantir que ele use o aparelho de forma saudável.
5. Acompanhe o histórico de navegação
Você também pode acompanhar o histórico de navegação dos dispositivos usados pelo seu filho de vez em quando. Com isso, você consegue verificar quais sites e conteúdos ele anda acessando.
Caso você se depare com conteúdos inapropriados, chame o seu filho para uma conversa. Evite usar um tom de bronca; em vez disso, explique claramente o porquê ele não deveria acessar tais tipos de conteúdo na internet.
6. Filtre conteúdos
Uma boa dica também seria usar os filtros. Os dispositivos mais recentes já oferecem funcionalidades para os pais limitarem o acesso a determinados conteúdos a partir de um perfil.
Dessa forma, você elimina o risco do seu filho acessar algo impróprio para a idade dele quando não tiver nenhum adulto por perto. No entanto, verifique antes como utilizar essa funcionalidade no sistema operacional do aparelho.
Esse controle também pode ser feito nas lojas de aplicativos. Assim, as crianças só conseguem baixar os apps adequados para sua idade.
7. Proteja seu filho contra o bullying virtual
Você certamente já ouviu muito sobre a questão do bullying entre crianças e adolescentes. Antes, o assunto aparecia somente dentro do ambiente escolar. Mas, com o uso da internet, o problema passou a fazer parte do universo on-line.
Também chamado de cyberbullying, o bullying virtual não acontece só entre colegas nas redes sociais. O bullying também se dá em outros ambientes, como os jogos on-line, onde algumas pessoas entram apenas para insultar outros jogadores.
Converse sobre isso com o seu filho, para que ele saiba que esse tipo de problema existe. Como não é possível monitorar o que ele faz o tempo inteiro, conte com as ferramentas de controle parental que bloqueiam contatos indesejáveis.
8. Seja o exemplo
Os pais costumam ser os maiores exemplos para os filhos. Portanto, não tenha comportamentos que você não quer que seu filho reproduza.
Além disso, apresente outras atividades para que ele não acabe preso ao universo virtual. O mais importante é que vocês façam essas atividades juntos! Leve seu filho para passear, invente outras brincadeiras e mostre o mundo para ele.
Crianças, adolescentes e adultos que passam muito tempo em frente às telas têm mais chances de ter problemas de ansiedade, baixa autoestima e depressão. Você pode evitar que isso aconteça na sua família.
Conte com a ajuda da tecnologia
A boa notícia é que medidas de segurança na internet podem ser tomadas com o apoio da tecnologia. O próprio Google oferece ferramentas bastante úteis para controle dos pais.
O Family Link, por exemplo, é o app do Google que ajuda os pais a saberem onde a criança ou o adolescente está, a monitorarem o tempo de uso e até mesmo a bloquearem o aparelho remotamente, caso necessário.
O aplicativo ajuda as famílias a criarem hábitos digitais saudáveis. Mais do que acompanhar a atividade da criança no smartphone, você pode gerenciar os aplicativos e adicionar aqueles que são recomendados por professores.
Embora seu filho possa digitar basicamente qualquer palavra na Pesquisa do Google, saiba que é possível utilizar filtros de segurança na internet. O SafeSearch é um recurso bastante usado pelos pais, pois ele bloqueia sites com conteúdos ofensivos e inadequados.
É claro que não existem apenas esses citados aqui. Há vários aplicativos disponíveis para controle parental em dispositivos conectados à internet. Eles são uma mão na roda, já que a correria do dia a dia não permite que a maioria dos pais tenha tempo de acompanhar tudo o que os filhos fazem virtualmente.
O problema não é só a internet, mas também seu uso inadequado
Levando tudo isso em consideração, pode-se perceber que a internet não é a única culpada, uma vez que os perigos do ambiente virtual são decorrentes do uso inadequado por parte dos usuários também.
Embora hoje a discussão sobre segurança na internet tenha se tornado mais presente, segundo uma pesquisa do CyberHandbook, 80% dos pais não têm conhecimento do que os filhos acessam na internet. É aí que surgem os perigos.
Quando os pais acompanham o que os filhos fazem no smartphone, no tablet e no computador, os riscos tornam-se menores. Mais importante do que a vigilância é a orientação. As crianças precisam ser instruídas desde cedo a fazer o uso saudável e navegar com segurança na internet.
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