Veja agora como identificar problemas de comportamento nas crianças

Família e Escola

29 de dezembro de 2020

Redação Guia do Futuro
Redação Guia do Futuro

Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos voltados para pais que querem fazer a diferença na formação dos filhos!Publicado em . | Atualizado em 28 de dezembro de 2020.


Geralmente, os pais são protetores e se preocupam a todo instante. Se acontece algum problema físico com o filho, rapidamente eles correm para ajudar a criança. No entanto, os problemas de comportamento são facilmente confundidos com a falta de amadurecimento do pequeno, como testar a autoridade dos pais, fazer birra ou passar um tempo isolado. Porém, é só uma questão de tempo para ele voltar ao normal e os pais imporem os limites.

Contudo, a família precisa entrar em alerta, caso essas mudanças no comportamento do filho ocorram, sejam persistentes ou não tenham melhora, mesmo após uma conversa com os pais. Se a criança não apresenta nenhum problema, como perda de um ente querido ou conflitos familiares e ainda sim tem atitudes exageradas, é motivo de procurar ajuda.

Nesta leitura vamos abordar como você pode identificar alguns problemas comuns no comportamento do seu filho e como resolver isso da melhor maneira. Acompanhe!

Os problemas de comportamento mais comuns

Ninguém melhor do que os pais para conhecer o próprio filho, por isso, é essencial ter um acompanhamento de perto sobre o desenvolvimento da criança. Nesse sentido, os avós e os professores que estão mais próximos também podem ajudar a identificar qualquer problema de comportamento no pequeno que precise de um auxílio psicológico.

Sendo assim, pontuamos desde já que o relacionamento dos pais com a escola é essencial para a saúde dos filhos. Inclusive, estabelecer um vínculo com o professor para entender como a criança se envolve na escola, principalmente em situações difíceis e com os colegas. Portanto, observe os seguintes pontos.

Alteração de humor

Infelizmente, não existe uma doença psicológica que as crianças estejam imunes, portanto, elas podem sofrer dos mesmos males que os adultos. A depressão e a bipolaridade podem afetar os pequenos, alterando o humor e levando a sentimentos extremos de tristeza, desânimo, preguiça, entre outros.

Se você observar o seu filho por dias nessa situação, sem motivo aparente ou sem expectativa de melhora, é um sinal de que algo não está certo. O mesmo alerta deve ser acionado se a criança tiver mudanças de humor repentinas, como gritos, irritabilidade e agressividade, principalmente ao ponto de bater ou ofender alguém. 

Ansiedade em excesso

Comumente as crianças ficam ansiosas com datas comemorativas, passeios e outras novidades. Contudo, ela pode se tornar um problema, pois mesmo na infância eles são capazes de ter transtornos de ansiedade como os adultos. Isso pode refletir em compulsões, fobias, estresse pós-traumático, síndrome do pânico e até uma generalização da ansiedade.

Observe se a criança tem muitas preocupações, fica noites sem dormir, tem costume de roer unha, se estressa com facilidade, entre outros comportamentos excessivos. Qualquer alteração que interfira na rotina normal do filho deve ser considerada.

Distanciamento de pessoas

O distanciamento pode acontecer por vários motivos, às vezes, a criança está sofrendo bullying na escola sem os pais perceberem e quando notam já está em estágio avançado. No entanto, o distanciamento da criança com as pessoas também pode ser uma característica do autismo. Geralmente, os sintomas aparecem antes dos três anos, são eles: dificuldades na comunicação, interação social e aprendizagem. No entanto, vale destacar que existem vários graus de autismo, alguns são quase imperceptíveis.

Falta de concentração

Alguns filhos podem ter déficits de atenção ou serem hiperativos. Por isso, as duas situações não podem ser negligenciadas, pois interferem diretamente na concentração da criança. Consequentemente, pode resultar em dificuldade no aprendizado e relacionamento social. Se os pais observarem alguma dessas características, precisam procurar ajuda de um profissional para diagnosticar se há um transtorno.

Qualidade de sono

Geralmente, as crianças são muito ativas durante o dia e a noite conseguem ter um bom sono. No entanto, é necessário estar atento caso surjam acontecimentos fora da rotina da família, como crianças maiores voltar a fazer xixi na cama, acordar assustado, perder o sono com facilidade, ter muitos pesadelos ou inquietação durante a noite.

Transtornos alimentares

Transtornos como a anorexia e bulimia nervosa e o transtorno de compulsão alimentar podem acontecer com crianças de todas as idades. Inclusive, não é um problema que afeta apenas as meninas — por geralmente ter mais preocupação com o corpo —, os meninos também podem ser vítimas.

Esses problemas no comportamento alimentar podem debilitar a saúde do filho ou até ser fatal. Normalmente, isso ocorre pela criança focar no peso e no alimento, levando ela a negligenciar outros fatores importantes, como saúde e bem-estar.

Reclamações de dores

Não é comum as crianças reclamarem de dores no corpo, se não fizeram nenhuma atividade diferente ou se o crescimento está dentro do normal. Por isso, analise com que frequência o filho reclama de alguma dor e em quais regiões. Evite medicar em casa sem saber o que pode ser, pois se for algum problema de saúde, certos medicamentos podem mascarar a enfermidade, dificultando o diagnóstico. 

Os pais precisam buscar ajuda

A participação da família é essencial para identificar qualquer comportamento atípico da idade da criança. Se o filho apresenta um ou vários sintomas citados anteriormente, além de outros sinais sem nenhuma relação com o estágio em que está vivendo, é preciso investigar as causas.

Em algumas situações, pode coincidir de ser um período de conhecimento das próprias emoções ou reflexo do comportamento dos pais. Afinal, as crianças seguem os exemplos dos adultos. Entretanto, o caso pode ser facilmente resolvido por meio de conversas, orientações e reeducação da família.

Porém, se mesmo assim as características não mudam, os pais precisam de ajuda para resolver o problema. Existem várias especialidades médicas para contribuir com o diagnóstico, as quais vão orientar sobre o melhor tratamento, como neurologista, psiquiatra e psicólogos especializados em pediatria.

Contudo, é de grande importância enfatizar o quanto os pais são responsáveis em auxiliar o filho a identificar algum transtorno comportamental, pois muitos têm vergonha da situação, medo do que o médico pode falar ou não querem admitir que há algo de errado no comportamento do pequeno.

Por fim, a criança é a pessoa mais prejudicada quando os pais ignoram buscar ajuda, afinal, alguns problemas de comportamento podem ser resolvidos e outros amenizados por meio de tratamento. Por isso, quanto antes houver uma intervenção, melhor será o resultado.

Você gostou desta leitura? Então, aproveite para ler o nosso artigo sobre o que fazer quando o seu filho não quer estudar.

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