Volta às aulas presenciais: como está acontecendo no Brasil?

Dia a Dia na Escola

9 de março de 2021

Redação Guia do Futuro
Redação Guia do Futuro

Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos voltados para pais que querem fazer a diferença na formação dos filhos!Publicado em . | Atualizado em 8 de março de 2021.


Para muitas pessoas, o ano de 2020 foi desafiador por vários motivos relacionados à pandemia, entre eles as questões escolares dos filhos. Portanto, com a volta às aulas presenciais sendo pauta nas escolas e motivo de debate ou dúvidas para as famílias, em 2021 podem surgir outros obstáculos para serem vencidos.

Afinal, nós sabemos quanto essa situação causa estranheza para as crianças, principalmente as menores por não entenderem muito bem as necessidades de uma higiene tão rigorosa e manter o distanciamento social. Por outro lado, se adaptar às novas modalidades de ensino e aprendizagem trazem outros desafios, não apenas para os estudantes, mas para os pais que devem lidar com esses casos.

Nesse sentido, preparamos este artigo com todos os detalhes sobre a volta às aulas presenciais em todo o país, bem como dicas para os pais cuidarem de seus filhos adequadamente durante essa retomada. Acompanhe!

Quais os desafios da pandemia para os estudantes?

Não é novidade para ninguém que a pandemia trouxe vários obstáculos de surpresa para toda a humanidade. No entanto, se para os adultos já foi difícil se adaptar, imagine para as crianças?! Os alunos que vinham de um ensino presencial nos anos anteriores, de repente, tiveram que se acostumar a estudar em casa.

Essa situação trouxe vários problemas que vão além de uma simples adaptação ao ensino remoto ou a distância, pois vários estudantes, sejam eles das redes públicas ou privadas, não têm condições ou estrutura adequada para acompanhar os conteúdos de casa. Dessa forma, as escolas tiveram que se adaptar conforme as vulnerabilidades de alguns estudantes.

Por outro lado, a distância do professor também aumenta esse desafio do aluno. Afinal, por mais que a equipe pedagógica consiga adaptar os conteúdos e as atividades para os seus estudantes realizarem em casa, a criança precisa ter disciplina para cumprir as tarefas sozinha e dentro dos prazos.

Entretanto, para esclarecer dúvidas relacionadas às atividades escolares, ela não necessariamente terá o professor por perto para ajudar ou o contato social com os colegas de classe que, por sua vez, é essencial para ampliar a capacidade de aprendizagem das crianças, bem como o desenvolvimento emocional, social e cognitivo.

Nesse sentido, o estudante, além de precisar vencer o desafio da adaptação escolar a distância, precisa criar autonomia para garantir o seu aprendizado com sucesso.

Afinal, qual o papel dos pais?

Como se não bastasse a mudança das escolas para o ensino a distância, vários pais também tiveram que lidar com o seu trabalho remoto. Consequentemente, as famílias passaram a ficar mais tempo juntas em casa. Os adultos tiveram que recorrer às dicas de home office para conseguir acompanhar a vida escolar do filho ao mesmo tempo que devem garantir a sua produtividade profissional.

Durante esse processo, a presença dos pais se torna ainda mais essencial ao desenvolvimento do filho, haja visto a família como a base para a educação e segurança da criança. Nesse momento de várias novidades acontecerem ao mesmo tempo, os pais são fundamentais para ajudar a manter o equilíbrio emocional do filho.

Os adultos de casa ganharam ainda mais responsabilidade nas questões escolares da criança, arcando com o dever de acompanhar de perto o cronograma pedagógico proposto pela instituição. Além de terem a missão de ajudar nas tarefas da escola, encorajar o aprendizado do filho e contribuir com o relacionamento social da criança.

Entre o papel dos pais nesse processo, é relevante citar a importância de saber como escolher uma escola de qualidade. Afinal, tanto a família como os professores precisam ter o mesmo objetivo com a criança, visando a garantia de que o ensino não seja comprometido durante a pandemia. Entretanto, não podem ser ignoradas as questões de segurança e saúde, pois com o ensino híbrido, essas medidas precisam ser reforçadas.

Como está a volta às aulas presenciais em 2021?

As crianças não são consideradas grupo de risco para a Covid-19, porém, podem ser transmissoras, resultando na maior propagação da doença entre adultos e demais pessoas com chances de ter complicações. Nesse sentido, as escolas públicas e privadas decidiram retomar às aulas de forma híbrida, remota e presencialmente.

Essa modalidade tem o objetivo de manter a qualidade do ensino respeitando as normas sanitárias contra o coronavírus. Portanto, o Ministério da Educação permitiu que as escolas tivessem autonomia, conforme a sua localização, para retomar às aulas presenciais em 2021 nessas condições e com 800 horas-aulas anuais.

Contudo, como é necessário reduzir a quantidade de estudantes em sala de aula, as escolas podem aumentar a carga horária e dias letivos neste ano, para assim, cumprir os objetivos que ficaram pendentes em 2020 e garantir o planejamento de 2021. Por isso, as escolas podem flexibilizar o seu cronograma e fazer um replanejamento.

Essas medidas visam repor as aulas perdidas, bem como compensar os déficits de aprendizagem que ocorreram por conta dos desafios dos estudantes. Entretanto, as equipes pedagógicas têm total liberdade para criar estruturas curriculares e determinar conteúdos, considerando as competências das turmas para desenvolver os seus alunos com efetividade.

Quais as regiões do Brasil estão retornando?

No entanto, para 2021 a retomada parcial das aulas com o ensino híbrido ou remoto — seja virtual ou por meio de apostilas — não será para todas as regiões, pois alguns estados sofrem com muitos casos de contaminação, tornando mais difícil a volta das aulas. Por exemplo, Amazonas, Bahia e Rondônia não têm previsão de retorno para todo o estado. 

Enquanto outras regiões do Brasil já começaram a retomada entre os meses de janeiro e março na rede pública, conforme o controle da pandemia em cada estado e cidade. Porém, quando é necessário regredir de fases de isolamento, está sendo determinado o fechamento de bares, restaurantes e hotéis, mas mantém as escolas abertas. A ideia é que a educação esteja entre as últimas a fechar, em casos extremos, diferente de 2020 que foram as primeiras a aderir o distanciamento.

As escolas particulares, nesse sentido, têm mais autonomia para decidir a data de retorno das aulas, bem como o melhor modelo de ensino a ser adotado. Essas instituições, precisam levar em conta os índices de contaminação e estrutura de saúde da sua localização para definir como será a frequência das aulas.

Pedagogos, pais e estudantes precisam se relacionar para definir a melhor forma de retorno a todos. Afinal, cada instituição particular tem a sua estrutura individual que viabiliza ou não a recepção dos alunos, afinal, existem escolas grandes, pequenas, com muitos ou poucos espaços abertos e dezenas de outras configurações.

Como cuidar dos filhos?

Independentemente de se a escola do seu filho já voltou às aulas e, principalmente, do modelo de ensino adotado, é comum os pais terem dúvidas sobre como cuidar da criança nesse período de tantas incertezas. Por isso, veja as dicas a seguir.

Atenção aos sintomas

Como citamos, as crianças não fazem parte do grupo de risco, mas podem ter a doença, bem como transmitir o vírus até três dias antes dos primeiros sintomas aparecerem. Portanto, se notar coriza, tosse e febre já é um sinal de alerta para os pais. Outro sintoma, porém menos comum, é a diarreia.

No entanto, se os mesmos sintomas aparecerem em algum adulto da casa ou em outro que teve contato recentemente com a família, é ideal não mandar a criança para escola, fazendo assim o isolamento, para evitar o contágio de outras crianças.

Incentivar o uso de máscaras

Para as crianças menores de dois anos não é obrigatório o uso de máscaras. No entanto, a partir dessa idade até os cinco anos o uso deve ser com a supervisão de adultos. Já para os maiores de cinco, a máscara deve ser utilizada de forma mais rigorosa. Isso porque esse é um dos métodos mais seguros para conter o vírus.

Nesse sentido, oriente a criança a fazer o uso adequado, evitar colocar as mãos no rosto e usar a máscara por longos períodos, mesmo brincando. Contudo, tenha sempre mais de uma reserva, pois entre 2 a 4 horas é necessário fazer a troca ou quando o tecido umedecer, pois diminui a efetividade da proteção.

Manter o distanciamento

Para as crianças — e até para os adolescentes — é mais difícil manter o distanciamento, pois eles gostam de brincar e abraçar os amigos. Esse tipo de contato é muito importante para o desenvolvimento dos filhos, porém é necessário que eles entendam que por um tempo precisam ficar mais distantes dos amigos. 

Durante as aulas, refeições e jogos na escola, é ideal manterem uma distância de 1,5 metro, bem como evitar muitas cantorias e movimentos para não propagar ainda mais o vírus. Nesse sentido, as aglomerações e encontros de outras turmas na escola devem ser evitados, pois se acontecer um contágio, não haverá a necessidade de isolar toda a instituição, podendo ser apenas uma parte da classe que teve contato com o contaminado.

Seguir os métodos de higiene

Seguir as normas de higiene é o principal meio de prevenção. Por isso, eduque o seu filho para que lave ou passe álcool em gel nas mãos com frequência e evite levá-las ao rosto. Utilizar lenços descartáveis em casos de tosse ou espirros quando não estiver com máscara também são atitudes válidas.

Outros fatores relacionados a objetos, como limpeza da mochila ao chegar em casa e evitar empréstimos de material escolar é relevante seguir. Porém, são raras as contaminações por esses meios. Por isso, é enfatizado a importância de lavar as mãos com frequência. 

Retornar parcialmente

Por fim, o retorno às aulas parcialmente deve ser seguido com cuidado. Afinal, mesmo com número de alunos reduzidos nas salas de aula e com horários diferentes do padrão, as medidas de prevenção devem ser respeitadas. Além disso, serão os primeiros contatos da criança com pessoas de outros núcleos familiares, o que requer mais atenção aos cuidados, pois não se sabe se todos estão se prevenindo adequadamente. 

O que não fazer até a volta às aulas presenciais normais?

Por fim, ainda não sabemos até quando precisaremos manter o distanciamento, principalmente, utilizar máscara. Consequentemente, a volta às aulas presenciais com salas cheias de estudantes também não tem uma previsão. Contudo, algumas atitudes precisam ser evitadas até a normalização. Veja quais a seguir!

Ter contato com várias famílias

Assim como as escolas estão fazendo as bolhas de classe, em que uma mesma turma é dividida em duas ou três para conseguir manter uma distância segura, existe a bolha social. A ideia é baseada em evitar contato com várias famílias diferentes, inclusive aquelas que têm pessoas de risco.

O objetivo é diminuir o contágio, pois algumas famílias seguem mais a risca normas de segurança do que outras, bem como, se uma pessoa da mesma casa é contaminada, aumenta as chances dos demais moradores também serem infectados.

Frequentar locais fechados

Os passeios são fundamentais para manter o bem-estar de todos, inclusive o equilíbrio emocional. Contudo, programe atividades de lazer em espaços abertos e com pouca circulação de pessoas, principalmente quando se tratar de áreas comuns, como playground do condomínio e locais públicos.

Lembrando que quando for visitar esses espaços, o uso da máscara, álcool em gel e garrafas de água individual são indispensáveis.

Ignorar sintomas de pessoas próximas

Outro ponto relevante é se manter atualizado quando souber que alguém próximo está com os sintomas. Nesses casos, não ignore e fique em alerta, principalmente se teve contato com a pessoa nos últimos dias.

Mesmo que algumas crianças ainda tenham dificuldade de entender a importância dos cuidados, por serem muito pequenas, por exemplo, os pais precisam insistir nessa conscientização. Afinal, até que tenha vacina para toda a população, a prevenção é o melhor método de se cuidar e garantir a educação dos filhos.

Portanto, a volta às aulas presenciais pode demorar um tempo para que retome a sua normalidade. Porém, os estudantes precisam ser incentivados para continuar os estudos e serem protagonistas do seu próprio aprendizado, sendo assim, buscar a informação além da escola e evitar dificuldades no desenvolvimento intelectual.

Por fim, agora que você sabe como está a volta às aulas em todo o país, aproveite para compartilhar este artigo em suas redes sociais e garantir que mais pais entendam esse processo e saibam como ajudar os seus filhos!

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